Santa
Cruz perdeu um dos pilares da sua rica história
LENIVALDO
ARAGÃO
Sob o
título “Diógenes Moraes e Cia., a saga de uma família” o terceiro volume da
trilogia “Santa Cruz de Corpo e Alma”, escrita por um grupo de jornalistas, sob
a coordenação do ex-presidente tricolor João Caixero, entre as páginas 332 e
337, conta a riquíssima história de um batalhador pela causa do Clube das
Multidões, sepultado nesta segunda-feira, 10-3-2025, no Recife, com 95 anos de
idade. Falo de Diógenes Moraes, cuja trajetória nas Repúblicas Independentes do
Arruda foi contada por mim, depois de ouvir detalhadamente seu depoimento, bem
como de seus descendentes, todos ligados ao judô. Conto na abertura do longo
capítulo:
“Em 1968,
o professor Diógenes Moraes foi chamado pelos dirigentes do Santa Cruz João
Caixero de Vasconcelos e Rodolfo Aguiar, ambos mais tarde presidentes do Mais
Querido, para implantar o judô no clube. Diógenes era detentor dos maiores
títulos já alcançados em Pernambuco na área de luta – jiu-jítsu, judô e luta
livre. Partindo do zero, profissional renomado no Estado, começou ele a transformar
jovens franzinos em lutadores, preparando-os para torneios e competições de
alto nível.”
Na
fase de preparação do livro, Diógenes de Moraes Junior disse-me: “Temos 40 anos
de Santa Cruz e nesse tempo ganhamos campeonatos pernambucanos, brasileiros e
panamericanos, Fomos vice-campeões mundiais e tivemos atleta escolhido como o
melhor do ano em Pernambuco em todas as categorias. A tradição é de pai pra filho. Eu, Diógenes
Moraes Junior, meus filhos Diógenes Moraes Neto e Diego Moraes, e minha filha
Débora Moraes, faixa marrom, continuamos a percorrer o caminho aberto por meu
pai, que, com 82 anos ainda está em plena forma, treinando, dando aula e
fazendo musculação. “
O espaço
é pequeno para contarmos nesta matéria, a longa e vitoriosa caminhada de
Diógenes Moraes, elevando o nome de Pernambuco e do Santa Cruz não só
nacionalmente, mas em termos internacionais.
Uma
satisfação me foi proporcionada pelo professor Diógenes na noite do lançamento
do “Santa Cruz de Corpo e Alma”, na sede do Tricolor, em 18-08-2016. “Não tenho
nada a tirar e nem acrescentar. Minha história é exatamente aquilo que tá no livro”.
Em relação
àquele grande personagem da rota do Santinha através dos tempos, benemérito do clube
com muito merecimento, considerei minha missão cumprida, nas seis páginas que
retratam sua atividade, bem como a dos familiares na Cobra Coral.
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