Durante muito tempo, Luiz Lacerda carregou a Patativa nas costas (Foto-Reprodução) |
O "papé" pintado de Seu Luiz levava
alegria ao Central
Numa conversa com o amigo
Ypiranga Augusto, o antigo companheiro da crônica esportiva caruaruense
recordou um fato comum na vida do Central Sport Club. Velhos e bons tempos em
que o empresário Luiz Lacerda era o sustentáculo do Alvinegro.
Era a época em que o
explosivo, mas amável Alcides Lima, uma espécie de faz tudo no futebol da
Patativa, atuava como autêntico superintendente. Tinha carta branca, dada por
Seu Luiz, como a raia miúda respeitosamente o tratava. Fazia e desfazia e só
dava satisfação ao homem do bacalhau e da Rádio Liberdade.
“Era normal – relembrou
Ypiranga – Alcides chegar no armazém de Luiz Lacerda, com a folha de pagamento
do time na mão. O presidente do Central se levantava de seu birô, abria o cofre,
enchia uma valise de dinheiro e lhe entregava”. Isso sem pestanejar, acrescento
eu.
Convém lembrar que não se
tratava de empréstimo, e sim de doação. Aquele “papé" pintado, como gostava de
dizer o já falecido radialista Elias Lourenço não tinha mais retorno. Quando
Alcides chegava com a mala cheia no clube, os jogadores se alegravam, pois sabiam
que logo estariam recebendo seu salário absolutamente atualizado e em dinheiro
vivinho da silva.
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