NO PÉ DA CONVERSA-Lenivaldo Aragão

 

Real Madrid campeão, como se esperava (Foto:Reprodução Futebol Interior)


 

          Pachuca muito longe do Real. /  O Brasil estava lá. /  Bolsas cheias ou quase / Pernambuco e Marta /  Timbu com os pés no chão /   Quebra de tradição /           Quem autorizou a Fanáutico? /   A Cobrinha e Margareth /  Alemão, o Canhão da Ilha




PACHUCA MUITO LONGE DO REAL

O Real Madrid não precisou se extenuar em campo. Jogou o suficiente nesta quarta-feira (18), em Doha, no Catar (EAU), para derrotar o Pachuca por 3 a 0 e levantar a Taça Intercontinental. De qualquer maneira, o Pachuca volta para o México, honrado com o vice-campeonato.

O BRASIL ESTAVA LÁ

Está certo que o Botafogo, campeão brasileiro, fracassou. Fez só um jogo, perdeu para o Pachuca e voltou para casa caladinho, depois de ter sonhado decidir com o poderoso Real Madrid. Mas na final entre o time madrileno e o Pachuca, um pouco do Brasil estava no gramado. Dois gols foram de brasileiros, Rodrygo e Vinicius Jr., este de pênalti. O outro, assinalado pelo francês Mbappé, saiu de um passe na medida feito por Vinicius, depois de driblar o goleiro mexicano com um jeito bem mulato, como definia o sociólogo Gilberto Freyre. Tudo aconteceu quando o jogador revelado pelo Flamengo ainda comemorava o troféu recebido da Fifa, como melhor do mundo.

BOLSAS CHEIAS OU QUASE

Coube ao campeão Real Madrid, o prêmio equivalente a 30 milhões e 900 mil cruzeiros. O Pachuca, como vice, teve direito a 24 milhões e 700 mil. O Ah Ahly, por ter sido semifinalista pegou 15 milhões e 500 mil, e o quarto lugar do Botafogo valeu 6 milhões e 200 mil. Ao todo, 77 milhões e 300 mil reais.

PERNAMBUCO E MARTA

A Terra dos Altos Coqueiros, do Frevo e do Maracatu entrou para a história da Rainha Marta. Foi na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, município limítrofe do Recife, que a alagoana marcou o gol eleito pela Fifa como o mais bonito de 2024 no futebol feminino mundial. Por uma feliz coincidência, a Rainha foi premiada na primeira edição do Troféu Marta, o qual, portanto, leva seu nome. O gol foi assinalado numa goleada de 4 x 0 do Brasil sobre a Jamaica em amistoso preparatório para a Olimpíada 2024, em Londres.

TIMBU COM OS PÉS NO CHÃO

É assim que posso classificar a situação do Náutico, depois de uma conversa, na confraternização da AJA, com o diretor de futebol alvirrubro, Eduardo Granja. O clube dos Aflitos sabe da responsabilidade que tem, principalmente quando trabalha para entrar no mundo das SAFs. O atual vice-campeão estadual encara o Campeonato Pernambucano com seriedade, porém não vai dar um salto maior do que as pernas.

QUEBRA DE TRADIÇÃO

Surgido em 11-10-1928, como sucessor do The Pernambuco Golf Club, o Caxangá Golf & Country Club ao se aproximar do primeiro centenário de fundação, dá uma mexida na tradição. Pela primeira vez na sua existência está sendo presidido por uma mulher. Trata-se da empresária Carolina Sultanum, praticante do hipismo desde criança. É mais um avanço feminino num campo outrora ocupado unicamente pelos homens. Sucesso à nova gestora do Caxangá é o que desejamos.    

QUEM AUTORIZOU A FANÁUTICO?

Faz um bom tempo que as principais torcidas organizadas foram amaldiçoadas pelos clubes de Pernambuco, e proibidas pela Justiça. Por essa razão têm havido muitos comentários, nos Aflitos, sobre a comemoração do 40º aniversário da Fanáutico na parte interna do clube. Aquela turma não deve ter entrado na marra, o que, aliás, não seria surpresa. Deve ter havido a autorização de alguém. Mas de quem? É o que estão querendo saber dirigentes e conselheiros.

A COBRINHA E MARGARETH

O Santa Cruz joga hoje, não joga, joga amanhã, não joga mais. Esse vaivém tem sido uma constante no noticiário. Faz lembrar um velho frevo-canção, composto por Sebastião Lopes, que diz: “A Margareth me telefonou / Pra esperar na esquina da Sertã / Há muito tempo que ela diz que vai, mas não vai / Se não vai hoje, vai amanhã”...

ALEMÃO, O CANHÃO DA ILHA



O Sport teve dois jogadores com o apelido de Alemão. Um era ponta-direita e jogou em 1933. O outro, lateral e zagueiro atuou nos anos 60, tendo sido bicampeão estadual em 1961/62. Chamado Aderivaldo Correia de Arruda, era irmão do célebre goleiro Manga, de Manguito (goleiro) e Dedé (zagueiro). A potência do seu chute levou-o a ser chamado de O  Canhão da Ilha. Saído do juvenil rubro-negro, Alemão foi campeão no profissional pela primeira vez em 1961. Terminado o jogo decisivo, para cumprir promessa, fez a pé e uniformizado, à noite, o percurso Ilha do Retiro até o fim da Av. Caxangá, onde ficava a concentração leonina. Uma caminhada e tanto. Jogou ainda no América-RJ e no Remo-PA.

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