MIRINDA E SUA NINHADA DE
PERIQUITOS
José Alexandre Moreira, o
popular Mirinda, é muito conhecido entre os desportistas pernambucanos. Fez
parte da geração que levou o Náutico a ser eneacampeão pernambucano e campeão brasileiro de futsal nos anos 70, e foi presidente do Santa Cruz no biênio 1993
/ 94. Antes disso vestiu a camisa tricolor nas quadras.
Por questões familiares, o conceituado
engenheiro e empresário do ramo da construção civil tem os pés plantados no
América Futebol Clube, fundado em 12-7-1914, estando, portanto, com 110 anos de
atividades. Seu pai, José Augusto Moreira, conhecido como Zezé, e o irmão João
Moreira foram presidentes do Alviverde, o mesmo tendo acontecido com dois irmãos
de Mirinda, João Antônio e José Amaro. O tio Rubem, o célebre Rubem Moreira,
foi diretor de futebol e conselheiro. Mirinda já foi conselheiro e continua
ligado ao Campeão do Centenário. Teve importância decisiva na batalha para
evitar que a sede do Alviverde, inaugurada na gestão de seu pai, em dezembro de
1951, fosse parar em mãos alheias, através da Justiça, e logo virasse pó, dando
lugar, possivelmente, a um prédio
residencial.
O América, que no apogeu era
chamado de “o clube dos irmãos Moreira”, continua mantendo essa epígrafe e até um
representante da terceira geração, José Augusto Neto, já exerceu a presidência.
Quanto a Mirinda, ele funciona
como uma espécie de ministro sem pasta, sempre chegando junto, para usar o
termo popular.
Como tem uma preocupação em
revelar jogadores, dando apoio às equipes básicas, há quem afirme estar ele criando
uma ninhada de periquitos (como se sabe, o símbolo do América é um representante
da espécie), em relação ao trabalho que o clube da Estrada do Arraial realiza
com a meninada. Na agenda de Mirinda, a Copa Pernambuco nas categorias sub-13 e
sub-15, que vêm por aí, e ao Pernambucano A 3, cujos campeão e vice terão
acesso à A 2. Trabalhar maciçamente com a prata da casa é a solução para o
centenário clube esmeraldino.
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