HISTÓRIAS DO MUNDO DA BOLA- Lenivaldo Aragão

 

 


Dois “causos” sobre o Central

 



1)            TARZAN DO AGRESTE PINTOU EM  CARUARU

 



Este assunto está inserido no livro “Vocabulário Popular e Humor do Futebol”, do professor de educação física de Campina Grande (PB) Manoel Luís Melo, o ex-jogador Luisinho Bola Cheia, que jogou em vários clubes por esse Nordeste afora, inclusive na Patativa do Agreste:

Esta aconteceu na cidade de Caruaru, no ano de 1973, mais precisamente no Hotel Vila Rica, que hospedava os atletas do Central Sport Club, equipe principal da Capital do Agreste. Os jogadores centralinos estavam devendo três meses ao proprietário do hotel, e o atleta Fontoura era o mais preocupado com a sua problemática, pois o mesmo estava com a sua esposa no referido hotel. Fontoura estava hospedado no segundo andar e seria difícil fugir pela porta da frente, pois o dono do hotel vigiava os jogadores todas as noites.

            Fontoura bolou o seguinte plano: deixou sua esposa durante o dia na rodoviária e voltou para o Hotel Vila Rica. Todos foram dormir. Então, ele saiu de quarto em quarto para pedir os lençóis dos seguintes atletas: Índio, Dias, Edmilton e Moreira; em seguida foi para o seu quarto, amarrou os lençóis um a um e deu um nó no pé do guarda-roupa, fugiu pela janela, descendo pelos lençóis, como se fosse Tarzan.

            No dia seguinte, o proprietário do hotel chamou os jogadores para ver a “palhaçada” que Fontoura havia aprontado no Hotel Vila Rica.

 2)            BIU DO LANCHE

 Num tempo já distante, alguns jogadores do Alvinegro residiam na concentração da Rua Professor José Leão, portanto, junto do estádio. Quase na entrada do Lacerdão havia a barraquinha de lanches de Biu. Este tinha sido autorizado pelo dirigente Alcides Lima a quebrar o galho dos rapazes pela manhã, antes de seguirem para o treino, com um sanduíche no capricho.

Acontece que Alcides descuidou-se, o pendura cresceu demais e o pequeno comerciante cortou o fornecimento da alimentação abrubtamente. Certa manhã, os jogadores surpreenderam-se ao serem informados por Biu que não teriam mais direito a nada. Só quando o Central lhe pagasse. Um deles quis saber a hora, mas nem nisso Biu abriu uma concessão. “O relógio tá quebrado”, disse, na maior das

ignorâncias.

 

 

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