Timbu Coroado homenageou um alvirrubro ilustre

 

Foto: Reprodução

 

“Desde cedinho já está acordado...” Isso mesmo. A troça, que hoje é tratada como bloco, chamada Timbu Coroado, tanto quanto a música – inicialmente um maracatu, depois transformado em frevo – simboliza a rotina dos antigos remadores do Clube Náutico Capibaribe.

Com os primeiros raios de sol, eles já estavam dando suas remadas sobre as águas do Capibaribe, o rio venerado pelos pernambucanos, que está incrustado na história do Náutico, até no nome. O Timbu Coroado, troça ou bloco, como queiram, anualmente, a cada domingo, no Carnaval, sai às ruas para alegrar e puxar centenas de foliões, numa festa que é sempre aguardada com muita expectativa. Antigamente, o desfile do Timbu realizava-se pelas ruas do centro do Recife, porém, há várias décadas a turma passou a sair da sede social, nos Aflitos, circulando por artérias da vizinhança. Nesse domingo (11) não foi diferente. O fuzuê da timbuzada foi mais intenso porque na véspera, o Náutico tinha derrotado o Maranhão, lá na terra dos timbiras, pela Copa do Nordeste.

Para a completar o alvoroço da turma houve homenagem do Timbu a um alvirrubro especial, o artista popular J. Borges, 88 anos, especializado em xilogravura e literatura de cordel. Nascido na cidade de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, suas criações hoje se espalham pelo mundo. Parabéns à timbuzada e ao seu torcedor ilustre.


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