NO PÉ DA CONVERSA-Lenivaldo Aragão (21-02-2024)

 

O velho trem na estação de Catende, na zona canavieira pernambucana (Foto:Pernambuco Arcaico)


 

ÍNDICE: O trem da Arena não é o de Ascenso / Por falar em trem... / Por que Zerão? / Leão Azul amarelou / O show delas / Vai na ginga, você também / Sampaio carioca / O retornado Gerúsio / Gente boa de ver



O TREM DA ARENA NÃO É O DE ASCENSO

A impossibilidade de a CBTU colocar trem extra após o jogo Sport x Fortaleza, por volta da meia-noite,  mostra como é complicado para qualquer clube do Recife que tenha torcida atuar na Arena de Pernambuco em partida que comece mais tarde. A empresa que comanda o metrô tem sua rotina e não pode alterá-la de um momento para outro. E, mesmo indo sobre os trilhos, o cristão tem que andar a pé na parte final, lembrando o baião cantado por Luiz Gonzaga Estrada de Canindé. É pena que um estádio moderno, construído no estilo Fifa, seja inadequado para o  torcedor comum, aquele que depende de transporte público. Ou seja. a Arena, localizada em São Lourenço da  Mata, município vizinho ao  Recife, é uma joia, mas não tão preciosa assim. Acontece que o trem que vai pra lá não é o do poeta Ascenso Ferreira – “vou-me embora pra Catende / Com vontade de chegar...” O pretenso trem da Arena não chega na Arena.

POR FALAR EM TREM...

Tem um no caminho do Sport. É o do Amapá, que o Leão vai procurar descarrilar na próxima quarta-feira, 28, no Estádio Zerão, em Macapá, pela Copa do Brasil. Jogo programado para 21h30, no horário de Brasília. O rubro-negro pernambucano só precisa empatar para se manter na competição.

POR QUE ZERÃO?

O Estádio Milton de Souza Corrêa, em Macapá, é conhecido por Zerão porque é atravessado pela linha imaginária do Equador. Quando for jogar lá, o Sport atuará um tempo atacando para o hemisfério Norte e outro tentando o gol no hemisfério Sul. Na realidade, o estádio amapaense, pertencente ao governo estadual, inaugurado em 07-10-1990, com capacidade para dez mil pessoas, tem sua zona central no lado zero de cada hemisfério.   

Foto: Philippe Gomes-Secom/RO


LEÃO AZUL AMARELOU

Pela mesma Copa do Brasil, o tradicional Clube do Remo, do Pará, chegou a Rondônia com ares triunfantes. Só precisava empatar com o Porto Velho. Perdeu por 1 x 0 e foi remar na Baía do Guajará, em Belém. Adeus Copa do Brasil para o Leão paraense. Aconteceu nessa segunda-feira, 20.

 O SHOW DELAS

Na decisão da Supercopa Feminina deu para ver algumas jogadas com que os brasileiros tanto encantaram o mundo. Porém, hoje são consideradas desrespeitosas. É verdade que craques como Neymar, Vinicius Junior e outros ainda conseguem realizar algumas firulas, como uma lambreta, porém são criticados e admoestados pelos árbitros por falta de respeito ao adversário.

Foto: Reprodução


VAI NA GINGA, VOCÊ TAMBÉM

O que os doutos, como dizia o célebre Gentil Cardoso, deveriam fazer era sugerir que as ‘vítimas’ de tais picardias dessem o troco, usando a mesma  moeda, e nunca tirando a beleza do jogo bem jogado. Bem, voltando às mulheres do Brasil, elas começam a mostrar que não aprenderam apenas a correr. São capazes de aplicar chapéu – o nosso antigo banho de cuia – e fazer outras jogadas fascinante. Se a Fifa deixar, teremos o futebol espetáculo de volta pelos caminhos femininos.  

SAMPAIO CARIOCA

Causa surpresa a presença de um time chamado Sampaio Corrêa no Campeonato Carioca. Alguma coisa a ver com o veterano Sampaio Corrêa do Maranhão? Nadinha. O Sampaio Corrêa Futebol e Esporte, fundado em 20/02/2006, estando, portanto, com 18 anos, é do vilarejo Sampaio Corrêa, do município fluminense de Saquarema. Classificou-se via Série A 2, num torneio em que derrubou o tradicional Olaria. Vinha batalhando para chegar lá há tempo.

O RETORNADO GERÚSIO

O pernambucano Gerúsio é um dos muitos jogadores do lado de cá do Atlântico que foram ganhar a vida e mostrar sua habilidade do lado de lá. Depois que descalçou as chuteiras, virou treinador. Gerúsio da Luz voltou para a Terra dos Altos Coqueiros, esteve ligado há vários clubes, inclusive o Sport, nas divisões de base, mas vez por outra a saudade lhe bate à porta e ele volta a Portugal. No momento está lá, zanzando de um lado para o outro e revendo os amigos que são muitos. Mas, no fim do mês estará de volta à terrinha. Por enquanto é só diversão.

GENTE BOA DE VER

Satisfação enorme. Em lugares diferentes reencontrei dois antigos companheiros dos tempos do Jornal do Commercio. Um foi Ciro Carlos Rocha, ex-editor de Política do JC, hoje atuando na tevê da Alepe. Batemos um longo papo no Mercado de Boa Viagem entre uma e outra lourinha suada. O outro foi Márcio Didier, o festejado Sapo, numa entrevista coletiva dos setores da Prefeitura envolvidos na organização do Carnaval.

 

 

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