SELEÇÃO BRASILEIRA

 

No Centenário, o Uruguai botou o Brasil na roda (Foto: Vitor Silva-CBF)

 

Nem uma coisa nem outra



 

O Brasil já não é mais aquele, tenho falado sempre. Já não temos o “futebol mulato” tão festejado  pelo sociólogo Gilberto Freyre. Nosso estilo de jogo não encanta mais, salvo raras exceções. Pelo menos por ora. Deixamos de jogar à brasileira e tampouco absorvemos a forma europeia, não obstante a Seleção Brasileira ser formada por jogadores que atuam lá fora.

A derrota por 2 x 0 para o Uruguai evidenciou isso. Não pelo resultado em si, mas pela falta da capacidade que nosso time mostrou, ofensivamente falando, e pela falta de coordenação tática. De positivo mesmo apenas um chute de Rodrygo carimbando o travessão, quando a vaca já tinha ido pro brejo, como dizia João Saldanha.

O pior é que o treinador, seja ele quem for, não tem tempo para tentar uma readaptação. Antes, a falta de conjunto era superada com os dotes individuais. Mas cadê? Para completar, nosso homem de referência. Neymar, terminou saindo de campo durante o jogo, machucado, alvo da marcação severa dos uruguaios. Aliás, jogo brusco foi o que não faltou de parte a parte, com o árbitro venezuelano deixando correr frouxo.

Apesar desse novo percalço, depois do empate em casa com a Venezuela, que ontem meteu 3 x 0 no Chile, vejam só, continuo acreditando na nossa classificação para a Copa do Mundo. Porém, certamente chegaremos lá, sem o habitual espírito de grandeza e sem mais impor tanto medo aos nossos adversários. Estes ainda nos respeitam, mas não tanto, uma vez  que já descobriram o caminho das pedras.

 

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