Loloca, mais tarde no River, entre Quinha e Vilmar (Arquivo do Blog) |
Com Loloca no Íbis, o tiro saiu pela culatra
Foto: Loloca, mais tarde no River, entre Quinha e
Vilmar (Arquivo do Face)
O
saudoso torcedor ibiense Chico do Táxi, paraibano que virou pernambucano, não
cansava de repetir uma façanha de sua equipe num jogo contra o Central em
13/8/1961, ano da entrada do Alvinegro no Campeonato Pernambucano. O Central
tinha boas chances para levantar o turno, o rubro-negro do bairro de Santo
Amaro – ainda era de lá – apareceu no
seu caminho.
O
duelo entre o Pássaro Preto e a Patativa estava programado para o Recife. Sem
dúvida, um fracasso de renda. Prejuízo para os dois. Vai daí que o Central fez uma
proposta para que a partida fosse transferida para Caruaru. O clube caruaruense
pagaria ônibus e hospedagem, incluindo alimentação. E ainda daria mais um
dinheiro por fora à equipe da Capital, além da participação normal na renda
líquida, que era de 60% para o vencedor e 40% para o perdedor. O Íbis que não
tinha nada a perder, topou.
A
torcida centralina se animou. Se, mesmo jogando no Recife, seu time já era favorito,
imaginem sendo o jogo em casa. Estavam enganados, pois dentro de campo a
situação foi outra. O Íbis tinha um centroavante chamado Loloca, que estava
endiabrado nesse dia. Ele tinha começado no juvenil do Sport, mas sem muita
esperança no Leão trocou de camisa, embora as cores continuassem as mesmas. De
rubro-negro para rubro-negro.
No
ainda Estádio Pedro Victor de Albuquerque, Loloca comeu de coco. Balançou a
rede três vezes, e Ivaldo deixou o dele. Com isso, os ibienses obtiveram uma memorável vitória de 4 a
0 e ainda saíram de Caruaru com uma boa grana no bolso. A fama de Loloca se
espalhou e ele foi jogar no Piauí, onde até hoje é tido como um dos maiores
ídolos da torcida do River. Reviver a goleada no Agreste levava Chico do Táxi ao
êxtase.
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