AMÉRICA NO TEMPO DO FESTEJADO TORNEIO-INÍCIO

 



Para os antigos torcedores do América recordarem e para os novos tomarem conhecimento. Está aí uma foto da equipe alviverde, campeã do Torneio-Início do Campeonato Pernambucano de 1955. O TI era uma festa esperada com muita expectativa e valorizada pelo torcedor, o que se pode observar, vendo as arquibancadas da Ilha do Retiro lotadas. Era organizado pela ACDP (Associação de Cronistas Desportivos de Pernambuco), com farta distribuição de prêmios doados pelo comércio e pela indústria recifenses, destinados aos jogadores e aos torcedores. Havia prêmio, por exemplo, para o primeiro torcedor a entrar no estádio – imagine-se a concorrência – para o jogador que fizesse o primeiro gol, para o artilheiro e por aí vai.

Tratava-se de uma apresentação das equipes que atuariam no Estadual, todas com sua formação titular. A festa era aberta com os times desfilando ao redor do gramado,  puxados por uma banda musical militar.

Uma comissão julgadora decretava o vencedor do desfile, que tinha direito a prêmio. Nisso o antigo Vovozinhas, mais tarde Associação Atlética Santo Amaro, do radialista e deputado Alcides Teixeira – carioca procedente de Alagoas, radicado no Recife – caprichava, pois estava sempre levantando a taça.

Depois vinha a disputa propriamente dita. Os jogos eram eliminatórios, com 10 minutos para cada tempo. Se não houvesse vencedor, a decisão saía nos pênaltis, com um só cobrador para cada time.

Primeiramente, a equipe A batia sua série de cinco, em sequência; depois o time B cobrava seus cinco. Se nada fosse decidido, os dois cobradores iam se revezando na cobrança, uma a uma, até que surgisse um vencedor. Isso, sem dúvida, era uma atração a mais. Havia jogadores que se destacavam ao bater os pênaltis, como Caiçara (Náutico), Alemão (Sport), Aldemar (Santa Cruz), além de outros.

O time que vencesse a sua partida esperava o vencedor de outro jogo para enfrentá-lo, procurando chegar à final. Esta tinha a duração de 40 minutos, com mudança de barra aos 20. Havendo empate, os finalistas disputavam uma prorrogação de 20 minutos – 10/ 10 – partindo para os pênaltis se necessário.

Nesse time do Periquito, campeão do torneio de 1955,  vemos: em pé – Perinho, Miguel, Antoninho, Claudionor, Gilberto Faria e Mourão; agachados – Jarbas, Moacir, Mitchel (um dos quatro contratados pelo Alviverde numa excursão a Guiana Holandesa, hoje Suriname), Dario e Gilberto II.

 

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