Ademir Marques de Menezes, pernambucano do Recife, nascido em 8/11/1922,
e falecido no Rio de Janeiro, em 11/5/1996 (74 anos), foi um dos melhores
jogadores que o futebol brasileiro já produziu em todos os tempos.
Na adolescência chegou a defender
o Centro Esportivo do Pina, clube amador fundado em 1934, no bairro em que
nasceu. Em 1938 foi levado pelo pai, Antônio Rodrigues Menezes, o popular
Muriçoca, ligado às divisões amadoristas do Sport, para o infanto-juvenil do Leão.
Queixada, como seria apelidado
mais tarde por causa do queixo proeminente, ajudou o Rubro-Negro a se sagrar
bicampeão pernambucano juvenil de 38/39. Suas arrancadas e seus gols davam o
que falar. E logo ele era aproveitado no time profissional. Em 1941, com o
Sport levantando invictamente o título entre os profissionais, Ademir foi o
artilheiro do campeonato, com 11 gols. No ano seguinte participou da célebre
excursão dos rubro-negros ao Centro-Sul (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas
Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Já no fim da viagem, numa
vitória do Sport sobre o Vasco da Gama por 5 x 3, Ademir fez três gols e ainda
deu o passe para outro. Não voltou para o Recife. Muriçoca intermediou sua ida
para o clube de São Januário, que já andava no seu encalço.
Foi ídolo e campeão pelo Almirante
e contribuiu para que o técnico Gentil Cardoso, do Fluminense, proferisse a frase
célebre dirigida aos cartolas do tricolor carioca: “Deem-me Ademir que eu lhes
darei o campeonato”. Pedido atendido, promessa cumprida, em 1946. Mas logo
Ademir voltou ao convívio de seus “familiares” cariocas, os vascaínos.
Entre 1945 e 1953, no tempo da
CBD (Confederação Brasileira de Desportos), hoje CBF, Ademir participou da
Seleção Brasileira, tendo sido, com nove gols, o artilheiro da Copa do Mundo de
1950, realizada no Brasil, aquela do Maracanaço, em que a taça inesperadamente foi
parar nas mãos dos uruguaios.
Agora em 2022, se vivo fosse, Ademir
completaria cem anos de idade.
Na sede do Sport, o antigo
craque é retratado através de uma estátua.
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