O Náutico do “Editor Geral”

 

Derrota de virada para o Vila Nova levou o Náutico para a lanterninha (Foto: reprodução Folha PE)

O irrequieto e divertido jornalista e escritor Álvaro Filho vive em Portugal há vários anos, cursando e trabalhando. Vez por outra está no Recife porque tem compromissos por estas bandas. E parentes e amigos. Finalmente, trata-se de seu torrão natal.

O Editor Geral, como nós, seus contemporâneos da antiga Editoria de Esportes do Jornal do Commercio  o tratamos, preparou-se nesta sexta-feira (19) para cruzar o Atlântico mais uma vez, em plena madrugada, planejando reunir neste sábado alguns amigos alvirrubros e comemorar o início da reabilitação do Náutico na Série B do Campeonato Brasileiro.

A conversa de Álvaro Filho e sua patota, regada a intermináveis rodadas de chope – em Portugal seria vinho, quem sabe?   deve ser de lamentações quando o assunto chegar a futebol.

Trazendo na alma ainda um pouco do cronista esportivo que o obrigou a circular em todas as áreas, o nosso luso-brasileiro certamente está entristecido não apenas pelo seu Timbu, mas pelo futebol pernambucano em geral.

Numa rápida radiografia do panorama atual, Alvinho, como parentes e amigos mais íntimos a ele se dirigem, recebe tijoladas de más notícias pala internet, diariamente, porém, não esperava encontrar o time de seu coração carregando a lanterna da Série B e seriamente ameaçado de voltar para a C, onde já esteve. E mais, o Sport patinando no sonho de voltar para a Série A, todavia, lembrando uma velha marchinha do carnaval carioca é sempre “puxado para trás”. Já o Santa Cruz, capaz de encher estádios, com sua torcida quanto mais sofrida, mais apaixonada, condenado a continuar ruminando na Série D, a quarta divisão do futebol nacional.

Nessa derrota para o Vila Nova, o Náutico abriu o placar no bambo, com um gol contra, porém não se  mostrou capaz de seguir o caminho para uma vitória, que poderia mudar sua trajetória no campeonato. É verdade que chegou a carimbar a trave quando a contagem ainda era 1 x 0, mas não suportou a reação do time goiano no segundo tempo e levou uma virada de 2 x 1. O time dos Aflitos é muito carente em matéria de valores individuais e assim não há planejamento tático que sobreviva. Há exceções, é claro. Nesse jogo contra o Vila mesmo até a bola chegou à área, mas só isso não resolve.  É preciso que haja quem conclua. O próprio Kieza não tem correspondido.

A desdita do Náutico não se resume à sua chegada à última colocação. O buraco pode ser mais fundo. Sexta-feira será contra o bicho papão Cruzeiro em pleno Mineirão. No caso, vai ser preciso botar a alma pela boca.  

Quantos aos torcedores que andaram cometendo desordens, danificado banheiros químicos e provocando os policiais militares, isso não resolve. Ao contrário, piora a situação.

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