Os irmãos Clóvis e João Adolfo
Por LUCÍDIO JOSÉ DE
OLIVEIRA
Como sempre, Lenivaldo. É
meu guia. É quem me socorre na hora da dúvida ou do aperto, quando não mais só
a memória dá conta do recado e nos só nos resta, como lembrou o Carlos Pena
Filho, buscar o acaso, apelar para o transitório. Lenivaldo está sempre
lembrado ou tem anotado. Foi assim mais uma vez. O amigo e blogueiro Marcílio
Valadares, alvirrubro também de boa memória, postou no Blog dos Amigos de
Roberto, vendo uma foto inédita do time do Náutico de 1967, com João Adolfo no
gol, que o goleiro era irmão do lateral-esquerdo Clóvis. Eu sabia que Clóvis
era de São José do Egito, tive a oportunidade uma vez de batei um papo com ele,
sentado no banco ao seu lado, no ônibus que trazia a delegação do Náutico no
retorno ao hotel Iracema Plaza, em Fortaleza, após a vitória de 2x0 em cima do
Ceará Sporting. Era fevereiro de 1966, jogo noturno realizado no dia 02, uma
quarta-feira. Eu estava hospedado no mesmo hotel do Náutico, já contei essa
história, e fui admitido junto ao grupo para ver o jogo no Presidente Vargas.
Conversamos muito, ele me contou suas origens de cara nascido no sertão. E,
diante das pedradas que que a torcida do vovô gentilmente nos presenteava,
ainda dentro do terreno do estádio, no estacionamento, a gente tendo que se
abaixar para evitar uma pedrada na cabeça, ele dizia pra mim que aquilo era
fichinha, comparado com o que experimentara no interior de São Paulo, em
Sorocaba, em Araraquara, Sorocaba. Marília,quando saía para o interior com o
Palmeiras no começo da década depois que ficou famoso com a Cacareco. Mas
voltemos a notícia que li de Marcílio Valadares: João Adolfo, irmão de Clóvis.
Dessa eu não sabia, ou tinha esquecido... Liguei para Lenivaldo. O retorno veio
de pronto e completo. João Adolfo, na casa dos 70, mora na zona norte, aí no
Recife. Eram muitos irmãos, as informações dadas pelo próprio Clóvis, ele, o
mais velho e os primeiros nascidos em São José do Egito, João Adolfo no Recife.
Lenivaldo aproveitou para me passar o contato do ex-campeão alvirrubro, e a
comentar sobre recente postagem que fizera, mostrando o time do Bahia campeão
de 67 sob o comando de Paulo Amaral com um quinteto de jogadores emprestados
pelo Náutico. O timbu era uma força no Nordeste naqueles idos. Eram eles, além
do próprio João Adolfo, já campeão com o Náutico em 65 e 66, o lateral Toinho,
(campeão também em 65 e 66, seria após retornar no ano seguinte de Salvador,
mais uma vez, campeão nos Aflitos, dessa vez hexa, Gílson Costa (quatro vezes campeão
com a camisa alvirrubra), Breno, reserva quase sempre, participou da jornada de
66, e por fim, o comandante do ataque e artilheiro China, campeão timbu em 60 e
63. ai, Lenivalo. publica. e bota mais confete em cima de você. Você merece
confete dourado; Lembra? Oh, Garota Tropical!
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