Na minha família há vaga para o Trio de Ferro
Meu filho Lula é meu inimigo, mas só
no futebol. Ele é rubro-negro. O que fazer? Agora meus irmãos mais novos,
Antônio e Fernando ficaram ao meu lado. Antes deles, um alvirrubro. E um que
morreu jovem, talvez fosse dos nossos, nem sei. Dos meus sobrinhos há um
rubro-negro, uma alvirrubra e dois tricolores. Somos maioria. Tenho ainda irmãs,
acredito, que só vestem a camisa da Seleção Brasileira. Eu só visto uma camisa,
a do meu querido Tricolor do Arruda. Está contada a história futebolística da
família Moraes Aragão.
E por que sou Moraes e Lenivaldo,
Aragão? Carrego o Moraes desde quando trabalhei nas lojas Pessoa Filho e Cia.,
em Caruaru, nos anos 60. Era uma loja que vendia tecidos. É que lá já estava
um primo , chamado de Aragão. Por sinal, foi ele que arranjou meu emprego em
Pessoa Filho. Quando comecei na minha grande paixão, o jornalismo esportivo, na
Rádio Clube, lá estava Lenivaldo. Diz a lenda que a empresa, os Diários
Associados, a dona da Rádio, não aceitava irmãos ou parentes. Já Vicente Lemos,
narrador de esportes, para mim, o melhor de todos, até hoje, foi que sugerira o
Moraes em vez do Aragão. Eu acredito mais na segunda versão. E assim ficou, é
Moraes até hoje. E será até a morte.
Encerro , dizendo-lhe ou dizendo-lhes
que sou, na verdade , um aprendiz de Lenivaldo. E um assíduo leitor de Mário
Filho , Nelson Rodrigues e Armando Nogueira. Eles, no passado, e presentes,
hoje , em livros. E de Machado de Assis. E nos dias atuais, de Juca Kfouri e
Ricardo Kotscho.
Chega por hoje. Voltarei em breve amigos e amigas. Até já.
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