Craques da camisa 11 e a volta ao Mundão
Olha eu de novo, agora para encerrar meu passeio pelos jogadores das 11
posições de uma equipe que vi jogar. Giro agora pelos camisas 11. Não vou falar
dos irmãos Geo ( Sport ) e Jorginho (Náutico e Santa Cruz). Dizem que eram bem
eficazes. Nem esqueço o amigo Mainha, que figurou brilhantemente, contam,
no nosso Santa Cruz , meu e dele. Explicam os amigos, velhos ou idosos, que ele
era ótimo. Não tive o prazer de vê-lo jogar. Idade para isso eu tinha, mas
morava em Caruaru, um pouquinho distante do Recife.
Givanildo, campeão em 1969, ainda como ponta-esquerda |
Então, entra na minha pauta Givanildo, que se transformaria num excelente volante, muito mais marcador que armador. Pois bem, antes era um ponta, um ponta falso, que exercia muito mais a função de auxiliar os jogadores do meio de campo. O baixinho olindense deixou saudade. Essa palavra nos leva ao sergipano Joãozinho. Era craque pelas beiradas do campo. No Santa Cruz, no Sport e no Corinthians. No Santa, principalmente. Sempre mereceu nota 10. Ou seria nota 11, para combinar com o número da camisa que vestia.
Joãozinho encantou tricolores e rubro-negros |
No Sport, deslumbrou Fernando Lima. Chegava fácil ao campo inimigo. Sua trajetória, como profissional, começou no Central, onde recebia os lançamentos preciosos do genial e inesquecível meia Vadinho. Curioso é que Fernando era zagueiro no time amador do América, lá da amada Caruaru.
Uma formação do Central nos anos 60. Em pé, Aurino, Fernando Silva, Jucélio, João Luiz, Edmilton e Borges; agachados, Domir, Patota, Fernando Lima, Ronaldo e Soares |
Foram belas passagens da minha vida de amante do futebol. Vou em
busca de novas recordações dessa área da profissão que escolhi com tão grande
satisfação, para abraçá-la com muito amor. Mas não me despeço. Vou a um momento
de nostalgia, de um passado no presente.
Quero escrever sobre minha volta, nesse domingo 19 de junho, ao
cinquentão, ou mais, estádio do Arruda, depois de anos , sem ir ao nosso
Colosso.
Acordo cedo já pensando no meu reencontro com a casa que me
recebeu tantas e tantas vezes, nas coberturas de jogos. E de treinos, nesse
caso, do meu querido Santa Cruz.
Lala a cores e em PB |
Incentivo pra ver o jogo com o Jacuipense foi do filho Lula, também jornalista esportivo. Infelizmente, ele não pôde me acompanhar , por motivo de doença. Ficou para outra vez. E ele nem é tricolor. Mas pai é pai. E filho é filho.
Pertinho das duas da tarde, para em frente ao edifício em que moro, em Olinda, o carro do amigo Marcelo Farias. Ao seu lado está o irmão dele, Álvaro. Gente muito boa, os dois. E é graças a eles que vou ao reencontro com meu palco predileto do futebol. Marcelo e Álvaro, bem amparados com às camisas das três cores. No caminho ao Arruda, o assunto principal, como não poderia deixar de ser, foi o Santa Cruz. Falamos também do Jóquei Clube de Pernambuco, outro amor de Álvaro, meu novo amigo.
E vamos nós. Vejo a massa tricolor a caminhar em direção ao estádio. Mais tarde saiu a informação do público do jogo. 20 mil pessoas. Acredito que tinha muito mais. Antes do acesso ao camarote dos dois irmãos, vejo a chegada solitária do adversário do nosso time. E me deparo com o ex-goleiro Pedrinho, o Pedro Cruz, e o antigo artilheiro Ramon. Dois velhos amigos históricos do Santa Cruz. E grandes vencedores. Não aguardei a chegada de outro amigo que fiz no futebol de ontem, o ex-meia Luciano Veloso, a Maravilha do Arruda. E vou conhecendo amigos de Marcelo e Álvaro, participantes de um grupo do zapp, "O Só Santa Cruz Super 83" , administrado por Marcelo do qual faço parte. Diego Gondim e Buiú, por exemplo. Revejo Dodi, que foi diretor de torcida organizada nos tempos da calmaria delas .
O jornalista Paulo Moraes (E) vendo o Santinha, de camarote |
Para ir ao camarote fomos pela escada porque o elevador demorava. Nele fui
apresentado a novos tricolores, entre eles, Vitinho, que cuida do gramado do
Arruda, e Bruno, filhos dos ex-presidentes Luís Arnaldo e Dirceu Menelau,
respectivamente. Revejo o ex-presidente Edelson Barbosa.
Na arquibancada, show, show, dizem, da mais apaixonada torcida do
Brasil. Em campo, a derrota por dois a zero para o Jacuipense. Tropeço que não
impediu a alegria pelos bons momentos de uma tarde de domingo nas Repúblicas
Independentes do Arruda.
Obrigado, Marcelo e Álvaro. Por um dia tão especial.
Até a próxima!
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