Wendell e um jogo fantástico nos Aflitos

JOSÉ NEVES CABRAL



A passagem de Wendell na manhã desta segunda-feira me trouxe a lembrança de um jogo, em março de 1982O Náutico enfrentaria o Guarani, nos Aflitos, à tarde. E um irmão meu alvirrubro perguntou se eu não queria ir ver o jogo com ele. Mesmo sendo rubro-negro, aceitei o convite. Afinal, o cachorro quente de Barulho era bem atraente...Mas também havia outras atrações. Queria ver o Guarani, de Jorge Mendonça e Capitão, este último remanescente do título brasileiro de 1978 pelo Bugre. Mas naquela ensolarada tarde de um domingo recifense vi muito mais.


Jorge Mendonça não me decepcionou. Bola no pé, hábil e altivo no meio do campo. Jogava com elegância, distribuindo o jogo. E logo no início da partida fez um golaço, cobrando falta. No segundo tempo, o Guarani fez o segundo gol com Marcelo. O jogo parecia perdido para o Náutico, que tinha Heider, Jonas e Lupercínio no ataque. Mas não estava.
O Náutico passou a pressionar o Guarani, cujo goleiro começou a se destacar com grandes defesas. E era exatamente Wendell, o pernambucano que começou no futsal da Associação Atlética de Afogados e deixou o Recife ainda adolescente para ser quase adotado por Zagallo, então treinador do Botafogo do Rio de Janeiro.
Numa dessas defesas, ele evitou de forma espetacular um gol de Jonas, centroavante do Náutico, que acertou uma linda bicicleta. Naquela época, o Programa Fantástico, da Globo, elegia “A jogada, o gol mais bonito e a defesa do Fantástico. Deste jogo, saíram os três lances. Jorge Mendonça (o gol), Jonas (a jogada) e Wendell (a defesa).
De tanto insistir, o time pernambucano conseguiu o empate com Dimas e Cláudio Marques, fazendo os tentos

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