ALÔ, ALÔ SAUDADE – Coluna de Paulo Moraes

Tará, autor de gols inesquecíveis (Foto: Arquivo do Blog)


Centroavantes que vi ou de quem ouvi falar



 Alô, estou de volta ao convívio de vocês, parceiro e parceira. Claro, através das letras. Para contar a história, que não mente, das façanhas de Tará, pequeno no tamanho, grande na área, de onde fez muitos e muitos gols, nos anos 1930/40. Era centroavante  Foi artilheiro dos campeonatos pernambucanos de 1938 com, 25 gols, e 1940, 20 gols, representante que era, do Santa Cruz. E de 1945, com 28 gols, aí vestindo a camisa do Náutico. Fez, segundo ele, 10 gols num só jogo, pelo Náutico, na vitória por 21 a 3 sobre o extinto Flamengo, em 1945. Diz o registro oficial que foram nove gols. Nove ou dez, o certo é que foi um punhado de bolas a ser devolvido para o centro de campo pelo goleiro do alvinegro Flamengo. Tará jogou mais tempo pelo

Santa, de quem virou fiel torcedor. Cito nessa ocasião os centroavantes de quem ouvi falar ou vi jogar. Tará está nessa lista. Não importa de só saber dos seus gols pela escrita. Era goleador. E como.
 Conta-se que Rudimar e Paraíba foram maravilhosos com a camisa 9 do Santa Cruz. Jogaram pelo Tricolor em 1957. Naquele ano do supercampeonato pernambucano, com o Santa dono do título.

O gaúcho Rudimar foi o artilheiro da competição, com 24 gols. Ivson e depois Edmur foram os atacantes famosos do Náutico nos anos 50. Ivson foi o artilheiro dos estaduais de 1953 e 1954,  marcou 16 gols, nas duas vezes. Gringo e Ademir Menezes foram os bambas do Sport daqueles tempos. Ademir, que seria o artilheiro da Copa de 50 , já como atacante do Vasco, disputada no nosso País, com nove gols, foi o goleador do Pernambucano em 1941 ao botar a bola na rede por onze vezes. Você há de perguntar por que tão poucos gols na competição daqui? Explica-se. Foram disputados só onze jogos.

 Em 1959 e começo dos anos 60 , Osvaldo, o Bom Crioulo, brilhou no Sport e no Santa. Em 1961 foi o artilheiro do Pernambucano, com 16 gols. Era o centroavante rubro-negro. De todos eles  tomei conhecimento pela leitura dos jornais e pela voz dos narradores. Não esqueço de Adelmo, bom com a nove  do Santa em 1959, e na sequência, do Sport. Só o conheci com o domínio da bola pelo rádio e pelas escritas. Depois, já de carreira encerrada, nas mesas dos bares do bairro de Casa Caiada,  em Olinda. Até hoje, agora pelas mensagens do zapp, temos contatos diários. Adelmo é um bom contador de histórias, do futebol dele , principalmente.

   Agora, vi Nino, o grande cabeceador do Náutico nos anos 60. Era muito bom nas bolas pelo alto. Vi Mirobaldo, o habilidoso sergipano que o Santa foi buscar em Aracaju em 1969. Em 1975/76, Dario, o Rei Dadá, foi a estrela do ataque do Sport. Foi o artilheiro do campeonato de 75, com 32 gols. E do ano seguinte, com 30. Dadá foi, depois, o camisa 9 do Náutico e do Santa. E Roberto Coração de Leão ? Era veloz e foi brilhante  no ataque do Sport em parte das décadas de 70 e 80. Jogou depois também pelo Santa.

Dario encantou a torcida rubro-negra (Foto:reprodução)

   Que saudade dos piques de Ramon e de Nunes nos anos 70, correndo e fazendo gols, muitos gols, pelo querido Santa Cruz. O pernambucano Ramon foi o artilheiro do Brasileirão em 1973, 21 gols. Lá fora defendeu Internacional, Vasco e Fortaleza. Por aqui, jogou ainda pelo Sport. Já o sergipano Nunes, o Cabelo de Fogo, foi da Seleção Brasileira, do Fluminense, do Flamengo e do Botafogo. Jogou no Recife, de novo, pelo Náutico e outra vez no Santa.

   Esqueci alguns bons centroavantes? Certamente. Mas logo vêm na memória Uriel e Rubem Salim, do Santa. Salim , o ídolo Barra Limpa, âs vezes era meia. O Tricolor acolheu outro sergipano, Zé Carlos Olímpico. Recebeu esse nome porque defendeu a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Munique (Alemanha), em 1972. Não era técnico, mas chutava com força e acerto. Em 1974 foi artilheiro do Pernambucano ao lado do meia Jorge Mendonça, do Náutico, com 24 gols. E Luís Carlos, que fez 40 gols, pelo Sport, pra ser o artilheiro do estadual de 1984. Repetiu o feito em 1986, agora com menos gols, 16. Em 1989 e 1990, o astro do meio do ataque foi Bizu, do Náutico. Foi o melhor em botar a bola nas redes ao fazer 31 e 19 gols, respectivamente.

Bizu (Foto: Nútico/NET)


   Recordar os velhos tempos da bola dos outros , dos quais fui testemunha  é bom demais. Faltam os volantes, os meias e os pontas-esquerdas, para encerrar esta série da saudade, que começou com os goleiros. O passado invade o hoje , para nos deixar felizes e saudosos. Bons tempos, amigo e amiga. Vocês terão também seu passado no seu presente.
   Um grande abraço! 

 

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