O paulista Edinaldo virou Grafite numa boa
Foto: reprodução terra.com.br |
Estádio
José do Rego Maciel, sábado 8 de agosto de 2015. As Repúblicas Independentes do
Arruda viviam um dia grandioso. Aproximava-se o momento da estreia do atacante
Grafite, 36 anos, vindo do Catar e que surgia entre os ávidos e sorridentes
torcedores do Santa Cruz, como um ótimo e oportuno reforço na batalha do clube
para voltar à Primeira Divisão nacional. O fato de Grafite ser casado no Recife
certamente facilitara sua vinda. Apresentação à torcida, com direito de chegar
ao Mundão de helicóptero. Jogada de marketing perfeita, torcida motivada. Foram
muitas as caravanas de tricolores vindas do interior do Estado. Era um
reencontro. Sim, porque catorze anos atrás, ainda no verdor da carreira, o
paulista Edinaldo Batista Libânio já vestira a camisa tricolor.
Em 2001,
ele chegou ao Arruda com o Campeonato Pernambucano em pleno andamento, tanto
que participou apenas de nove partidas, tendo assinalado cinco gols. A equipe
tricolor que encerrou a participação no campeonato foi Nilson; Marcos, Janduir, Bebeto e Cleber;
Everaldo, Batata, Humberto (Valdir) e Luizinho Vieira; Ricardinho (Evando) e
Grafite.
Novamente
Grafite reencontrou-se com o Santa e o povão, faltando três rodadas para o
encerramento do primeiro turno da Série B de 2002 após uma saída para defender
o Grêmio.
Portanto,
naquele festivo domingo, o povão festejava a terceira vinda do atacante para a
Cobra Coral. Jogo contra o Botafogo, com a presença de mais de 44.485
torcedores no Mundão. O Santa, comandado por Marcelo Martelotte, derrotou o
time da Estrela Solitária por 1 x 0, Veja a formação da equipe: Tiago Cardoso;
Vitor (Moradei), Danny Morais, Neris e Marlon (Lúcio); Wellington, Bileu, João
Paulo, Lelê e Anderson Aquino; Grafite (Luisinho). Como já se esperava, um jogo
difícil, mas para a felicidade do torcedor coral, o gol da vitória foi
assinalado por Grafite, de cabeça. Alegria no Colosso. Se os corais estavam felizes, imaginem Grafite.
Porém, passada a euforia inicial vieram outros jogos, e mesmo marcando novos
gols, o atacante tinha o cuidado de alertar a torcida para o fato de ser “um jogador normal do Santa
Cruz, como qualquer outro.”
Dessa vez
o acesso à Série A terminou vindo, acompanhado de novos sucessos. Grafite
ajudou o Santa a levantar o Torneio Chico Science, a Copa do Nordeste e o
Campeonato Pernambucano de 2016, o que aconteceu pela 29ª vez. Na final, empate
sem abertura da contagem com o Sport. Jogo realizado na Ilha do Retiro, tendo
sido este o time campeão: Tiago Cardoso; Vítor, Neris, Danny Cardoso e Tiago
Costa; Uillian Correia, Welington e Lelê e (Wallyson); Arthur, Keno (Alemão) e
Grafite (Bruno Moraes). O técnico era Milton Mendes.
Em 2018,
o rebaixamento do Santa Cruz à Série C do Brasileirão marcava a quarta presença
de Grafite na Cobrinha e o encerramento da carreira. Grafite hoje é um
prestigiado comentarista da SportTV. Suas passagens pelo Santinha foram em 2001-2002;
novamente 2002 após passagem pelo Grêmio; 2015-2016; 2017-2018.
O apelido surgiu por acaso.
Certa vez, o técnico Estevam Soares comparou-o a um centroavante alto, magro e
negro, com quem havia jogado, apelidado de Grafite. A boleirada tomou conta.
GOJOBA
Dudinha-Cen;
Gena-Náu, Alemão-Spo, Baixa-Spo e Jório-San (Toinho-Náu); Gojoba-Spo e
Ivan-Náu; Nado-Náu, Bita-Náu. Nino-Náu, Pelezinho, também tratado pelo
sobrenome Nunes-Spo e Lala-Náu. Esta foi a formação da Seleção Pernambucana,
que em 10/6/1965 derrotou por 1 x 0 a Seleção Alemã que seria vice-campeã
mundial no ano seguinte, na Inglaterra. O gol foi do maranhense Gojoba. Este,
egresso do Sampaio Corrêa, veio para o Sport em 1963 em companhia do conterrâneo
Garrinchinha, que também deixou seu nome na Terra dos Altos Coqueiros. Gojoba saiu
em 1969 por causa de uma lesão mas, recuperado, ainda ajudou o Ceará Sporting a
sagrar-se campeão do antigo Nordestão.
Seleção Pernambucana em 1965. Em pé, Alemão, Dudinha, Baixa, Jório, Gojoba e Gena; agachados, Nado, Bita, Pelezinho, Ivan e Lala |
GRINGO
Sergipano
que brilhou no Flamengo, centroavante, Gringo marcou sua passagem pelo Sport,
ajudando o Leão a sagrar-se campeão pernambucano em 1955, ano do cinquentenário
leonino. Era um dos jogadores trazidos pelo técnico Gentil Cardoso, os quais
foram ironicamente apelidados de “os bondes de Gentil”, por terem sido
considerados atletas já em fim de carreira. Ele integrou um ataque que se
tornou célebre: Traçaia, Naninho, Gringo, Soca e Geo ou Eliézer. Os “bondes”
tiveram muita importância na conquista do título. Na partida final, em
8/1/1956, vitória rubro-negra sobre o Náutico por 3 x 2, nos Aflitos, gols de
Traçaia (2) e Naninho-Spo, Wilton e Ivanildo (Náu). O campeão alinhou Osvaldo; Bria
e Pedro Matos; Osvaldinho, Ely e Pinheirense; Traçaia, Naninho, Gringo, Soca e
Geo – este era prata da casa.
MAIS
APELIDOS NA LETRA G
GABI,
ponta-direita, Fluminense (extinto)-1931.
GAGO,
centromédio do Náutico, gaúcho, campeão pernambucano em 1953* (O apóstrofo mostra
que já houve registro anterior).
GALÉ,
goleiro do Fluminense (ext)-1932.
GALEGO,
meia direita, Flamengo (ext)-1941.
GALEGO,
ponta-direita, América-1942 e Santa Cruz- 1943
GALO,
goleiro, Great Western-1944, Íbis-1947
GALO,
Náutico e Sport.
GALO,
goleiro, Íbis-1947
GAMBA,
meia armador, Náutico-1958
GAMBETÁ,
zagueiro, Sport-1941
GANDRA,
zagueiro central, América-1928
GARAPA, lateral
esquerdo, Sport-1980
GARRAFA,
volante, Estudante do Barro-1957
GARRINCHA,
Náutico GARRINCHINHA, ponta-direita, Sport-1963*
GATE,
ponta direita, Santa Cruz-1926
GATINHO, volante,
Santa Cruz-1928
GATO,
volante, Equador- 1924 e Náutico
GAÚCHO,
ponta-esquerda, Sport-1949
GAÚCHO,
volante, Santa Cruz-1980
GECECA,
ponta-direita, Santa Cruz-1944
GELADA,
ponta-direita, Santo Amaro e Íbis-1971
GENA,
centromédio, Great Western-1940*
GENA,
lateral direito, Náutico e Santa Cruz – décadas 60 e 70*
GENA,
volante do Sport e do Náutico-anos 80*
GENINHO,
ponta-esquerda, Santa Cruz-1965
GEO,
ponta-esquerda, Sport-de 1954 a 1957*
GERA, Íbis
GERIM,
goleiro, América- 1944
GIJO, ponta-direita, Sport- 1971
GIL, atacante-Sport
GILBERTO GAÚCHO, volante nascido em David Canabarro-RS. Surgiu no Sport,
cuja camisa vestiu de 1991 a 1995. Defendeu outros clubes, como o CRB, e os
portugueses Acadêmica e Estrela da Amadora. Descalçou as chuteiras em 2005 no
Passo Fundo-RS e hoje é treinador.
GILDÃO-Íbis
GILSON
GÊNIO, ponta (Santa Cruz) *
GIRAFA,
centromédio, Sport-1943
GITO-Náutico
GOIANO,
meia direita, Great Western-1941
GOIANO,
centroavante, Sport-1942
GOIANO,
ponta-esquerda egresso do Palmeiras, inscrito pelo Santa Cruz, para poder ser
convocado para a famosa Seleção Cacareco em 1959.
GOGO, volante,
Equador (ext)-1928
GORILA, Íbis
GORRINHO, Auto
Esporte
GRAÇA,
meia, Flamengo -1926 GRAVATÁ volante-Ferroviário
GRINGO * GUABERA,
lateral direito, Torre-1933 e Flamengo-1941
GUABERA,
lateral esquerdo, Asas-1958
GUABERÃO,
lateral esquerdo, Tramways-1940
GUABERINHA, jogador
eclético,Tramways-1937 e Santa Cruz-1943 e Auto Esporte*
GUABERINHA,
lateral direito, Asas-1958
GUARÁ,
ponta-esquerda, Náutico-1973
GUARANÁ,
ponta-esquerda - Íbis, Santa Cruz e Ferroviário, de 1968 em diante
GUIGA, centroavante,
Central -1979
GULA,
volante, Comercial- anos 80
GUEGO, Íbis
GUIGA, Central
GUIDO,
volante, Ferroviário-1956
GUNGA,
centroavante, ex-Seleção Mineira, Sport-1957
GUNGA,
centroavante, Ferroviário-1961
GUTA,
zagueiro, Santa Cruz-anos 50.
Jerónimo Felipe, o Gerim, jogou no América de Natal, entre 1948/56.
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