O ex-goleiro, escritor e blogueiro catarinense Valdir Appel mandou-me há algum tempo esta história, que lhe foi contada pelo próprio personagem, o também ex-goleiro Medeiros, treinador de goleiros.
Paulista
de Valparaíso, formado em educação física e com passagens, como jogador, por
Atlético e Vila Nova (GO), Botafogo e Novo Horizontino (SP) e Ceará (CE). Jovem
ainda, o goleiro Medeiros procurou emprego na cidade de Novo Horizonte. Estava
disposto a encerrar a carreira e dar um outro rumo à sua vida. Preencheu ficha
de admissão em uma fábrica local e saiu de lá, com a certeza de que fora
aprovado.
Feliz com a decisão tomada, trilhou
o caminho do estádio do Novo Horizontino, para dar ciência de sua decisão aos
dirigentes do clube, despedir-se dos colegas, e limpar o seu armário das
ferramentas de trabalho.
Ao passar em frente ao orelhão
público, localizado próximo ao acesso das arquibancadas do clube, ouviu o trim
trim inconfundível do telefone tocar insistentemente. Olhou para os lados,
desconfiado. Sem graça, movido por impulso atendeu o chamado.
– Alô!
– É do Novo Horizontino?
– Sim! Você quer falar com quem?
– Amigo, me faça o favor. Não tenho
o telefone e preciso falar com um jogador aí do clube.
– Com quem o senhor quer falar?
– Com Marcos Medeiros, que é o
goleiro do time.
– Senhor, pode falar. Marcos
Medeiros sou eu.
Quis o destino que Medeiros
atendesse a ligação de Veludo, treinador de goleiros do Guarani de Campinas,
que estava em busca de um auxiliar para ajudá-lo na função.
Veludo era fã da técnica de Medeiros
e soube que o goleiro estava disposto a largar o futebol. O convite foi aceito
de imediato.
A fábrica perdeu um operário de
futuro e o futebol ganhou um excelente profissional, preparador de goleiros.
“Estar no local, no momento certo,
na hora certa e ter um telefone por perto, faz a diferença”. Já dizia Peter Demeterco Appel
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