Carlinhos com B de Bala, Bola e Barreiros
Só
quem em Pernambuco acompanha a Série A 2, a antiga segunda divisão, sabe que o
célebre Carlinhos Bala, o interminável, que já se proclamou “rei de Pernambuco”
esteve em ação na competição. Aos 41 anos foi contratado pelo Barreiros, time
que leva o nome da cidade da Mata Sul onde está sediado. Infelizmente, os
barreirenses não vão poder ver mais Bala jogar. A esperança da galera era que
Bala fuzilasse a lógica e o Barreiros não fosse eliminado no meio da disputa. Os
planos falharam.
Porém,
o tinhoso Carlinhos Bala, que além de várias outras, vestiu as três principais
camisas de Pernambuco – Santa Cruz, Sport e Náutico – marcou sua passagem pela
Série A 2021.
Como
conta o jornalista Amaury Veloso, o veterano jogador ajudou o Barreiros a
quebrar a invencibilidade do Caruaru City, lá na Capital do Agreste. No Estádio
Antônio Inácio de Souza, o tradicional campo do Vera Cruz, Bala cobrou um
escanteio, mandando a bola diretamente para a cabeça do companheiro Hiago. Cabeçada
certeira e bola na rede. Vitória dos visitantes por 1 x 0. Com o prosseguimento
da partida, ainda no primeiro tempo, Bala atingiu Henrique, da equipe
caruaruense, com um soco. Recebeu um pontapé de troco. Bolo formado, além dos dois brigões, o técnico
do Caruaru City recebeu o cartão vermelho. Será que a carreira do atacante,
amado por todas as torcidas, terminou aí?
Quem sabe? Carlinhos já
demonstrou que além de profissional da bola – e não da bala – joga por diletantismo.
Há
alguns anos, uma notícia agitou a alagoana Murici, cujo nome é dado também ao
principal time da cidade. “Bala no treino do Murici!” A bomba espalhou-se em
segundos. Alguns apressados correram ao campo do Murici, certos de que veriam
algumas escaramuças do célebre Carlinhos Bala, que havia derrubado o
Corinthians na Copa do Brasil de 2008, conquistada pelo Sport.
Mas
a história era outra. É que o Murici, clube em que o os familiares do deputado
federal por Pernambuco Renildo Calheiros tem uma grande influência, tivera um treino
interrompido por um motivo inusitado. É que em dado momento irrompeu um forte
tiroteio na vizinhança. Todo o mundo tratou de se proteger, enquanto a bala, e
não a bola, cortava os ares pelos lados do Murici.
Não
era coisa de torcida ‘organizada.’ O que houve é que a polícia flagrou uma
gangue que estava pronta para assaltar uma agência do Banco do Brasil situada
nas imediações do campo do Murici. E tome pipoco comendo no centro. Três
ladrões foram despachados para o outro mundo e dois outros passaram a ver o sol
quadrado sem ter o direito de conferir se Carlinhos Bala estava ou não no
gramado.
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