O bolo do paulista Favile Neto no Recife
O árbitro Favile Neto cercado pelos repórteres na Ilha do Retiro (Foto: Arquivo do Blog)
– Sou da Fifa e não estou aqui para
ser bandeirinha.
Estava formada a confusão. Esperada.
Afinal, ainda no primeiro turno, quando o presidente Mariano Mattos, do Santa
Cruz, acusou levianamente Favile Neto de ter recebido 100 mil cruzeiros para favorecer o
Sport – depois, ele teve que se desculpar, pagando matérias em jornais da
Capital – a Federação Paulista de Futebol firmara uma decisão: não mais cederia
juízes para jogos do Campeonato Pernambucano.
Porém, as pazes foram feitas, e
Favile apareceu no Recife para apitar Náutico e Sport, jogo que abria a fase
decisiva do campeonato de 1977. Meia hora antes da partida, porém, houve o
sorteio para saber quem apitava, quem bandeirava. Era Favile contra Gilson
Cordeiro e Manuel Amaro. A bolinha rodou e acabou indicando Gilson Cordeiro.
Foi aí que Favile bronqueou. E sumiu, numa atitude que foi interpretada como
uma vingança das ondas que envolveram seu nome em Pernambuco.
O pior de tudo é que o juiz reserva,
Luís Gonçalves, não apareceu. Resultado: a Federação acabou escalando Laucenor
Vanderlei, que havia dirigido a preliminar. O Sport (que perdeu por 1 x 0)
chiou porque não tinha aprovado o nome de Laucenor. Quanto a Favile, este não
recebeu um tostão por causa do bolo que deu.
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