Reprodução: Mirella Resende |
Era
uma quinta-feira, dois dias antes do Carnaval, chegando mais uma vez para a
sagrada pelada, tivemos uma decepção enorme, havia apenas 7 peladeiros, ou
seja, um time completo.
Ainda
reinava o carnaval promovido pelos clubes, com quatro bailes e matinê infantil,
com direito até a “manhã de sol”. Era uma competição para ver quem trazia as
melhores atrações.
O
carnaval do Internacional detinha uma fama indiscutível, atraindo uma enorme multidão
para brincar essa festa magnífica.
Existiam
apartamentos no próprio clube que serviam para alojar as atrações contratadas.
Um
solícito empregado, apelidado de Zezinho, noticiou uma novidade: o pessoal da
famosa orquestra carioca de Waldir Calmon já estava hospedada no clube e os
músicos tinham dito que gostariam de desafiar-nos para uma pelada. Trato feito.
Atravessamos
a praça, olhando de soslaio para aquele bando de malandros cariocas, com o
gingado e o linguajar típico dos moradores da Cidade Maravilhosa.
Se
fosse para um apostador desconhecido fazer uma fazer fezinha, claro que
colocaria suas fichas na turma do Rio.
Acostumados
a jogar no campo e com o calor, foi massacrante, metemos 9 x 2 nos músicos!
Mas,
a cena cômica aconteceria na volta, atravessando a praça, quando um negão de
1,90 m virou-se e disse com forte sotaque carioca: “Também, meu, nós perdemos
porque temos vida noturna, cansa bastante. E vocês são estudantes, só fazem
estudar”. Não sabia que estava falando com Gustavo Krause, prefeito do Recife,
que, humildemente respondeu: “Tem razão, somos estudantes!”.
Você acabou de ler uma das
inúmeras histórias engraçadas contidas no livro “O Melhor Pior Canhoto do Mundo”,
cujo título já é motivo para rir. O autor é Frederico José Bezerra da Silva
Carvalho, o popular e divertido Fred Carvalho, formado em administração
pública, com uma longa folha de serviços prestados ao Arquivo Público estadual,
Ademi-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco), Santa
Cruz Futebol Clube e Federação Pernambucana de Futsal.
No capítulo acima, Fred
aborda uma incrível pelada que havia às terças e quintas-feiras, na hora do
almoço, envolvendo funcionários do CETEPE (Centro de Prestação de Serviços
Técnicos de Pernambuco), vizinho ao Clube Internacional, executivos de outras
procedências e militares graduados.
Devorei as 149 páginas com
um riso só, tantos os casos hilariantes, muitos protagonizados por gente da
minha convivência. O prefácio é de Sylvio Belém, companheiro do autor na
diretoria e Conselho Deliberativo do Tricolor do Arruda.
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