Em 1970, Pelé deslumbrou brasileiros e estrangeiros (Foto:CGN) |
O Santos estava no Hotel São Domingos, no Recife. Na manhã seguinte viajaria a Juazeiro do Norte/CE. Havia um clamor geral, de Norte a Sul do Brasil, para Pelé, depois do bolão que jogara no México, revogar a decisão de não ir para a Copa de 1974, na Alemanha.
Recebi a incumbência da Placar, para a qual trabalhava, de entrevistá-lo.
Até um frevo, do compositor e folclorista Sebastião Lopes, pedia para ele não
sair.
Encontrei Pelé conversando sobre
negócios com a direção do Banco Industrial de Campina Grande. Expliquei-lhe que
a revista só esperava meu texto para fechar a edição da semana. Conversamos uns
20 minutos. Pelé encerrou a entrevista, dizendo que sua decisão estava tomada e
pronto! Na verdade, após participar de quatro mundiais, receava ‘pisar na bola’.
Não que ele tenha dito isso, mas é o que
se pensava.
Terminei a matéria assim: “Se é verdade que rei não volta sua palavra atrás, a torcida brasileira pode perder a esperança de Pelé ir à Alemanha”.
A reportagem recebeu o título “Palavra de Rei” e teve muita repercussão. Pelé agiu mesmo como os reis da Antiguidade, segurando o que dissera. É claro que o técnico Zagallo sentiu sua falta!
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