Pelé entrega flâmula ao zagueiro Alemão, do Sport (Arquivo do Blog)
Quando a Seleção
Brasileira, depois de ter levantado seu terceiro título mundial, no México, em
1970, preparava-se para disputar a Copa de 1974, na Alemanha, houve uma
verdadeira comoção nacional pela permanência de Pelé, que tinha anunciado seu propósito
de deixar a Canarinha, o que terminou acontecendo.
O fato não passou despercebido pelo grande compositor pernambucano, que criou
para um dos carnavais da época o frevo-canção Volta, Pelé. Na verdade, tratava-se de um dramático pedido para que
o Rei disputasse mais um Mundial. Eis a letra:
“Milhões de brasileiros
Estão
Com
De nossa seleção
O rei tricampeão
Promete que vai voltar
Volta, Pelé, volta, Pelé
Na sua Canarinha
Acabou-se aquele olé
Volta, Pelé, volta, Pelé
II
Oitenta milhões
Esperando
Mostre que é tricampeão
Mostre que tem coração
Tá todo mundo
sofrendo
Com essa nossa seleção
Obrigado, Pelé
Pelo tri mundial
Pra bem da Canarinha
Seleção nacional”
QUEM ME QUER
O maior craque de todos os tempos foi ainda citado noutra música carnavalesca composta por Mário Filho, radialista e pesquisador musical. No frevo-canção Quem me quer, Mário (nada a ver com o também pernambucano Mário Filho que dá nome ao Maracanã), um amante do futebol e torcedor do Santa Cruz, falava em esperar o seu amor no Quem me Quer.
Eram assim
chamados dois trechos existentes no centro do Recife, em margens opostas do Rio
Capibaribe, que se constituíam em dois conhecidos pontos de paquera.
Um localizava-se
na Rua do Sol, entre as pontes Duarte Coelho e Boa Vista, à margem direita do
rio. O outro, na Rua da Aurora, compreendia a frente do Cine São Luiz, no outro
lado do “cão sem plumas”, indo até a Ponte da Boa Vista, que muitos conhecem
como a Ponte de Ferro. Cantou Mário Filho na primeira estrofe de seu Quem me quer:
“Vou esperar o
meu amor
No Quem me Quer
No Quem me Quer
Eu sou o rei Pelé”.
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