MADE IN PERNAMBUCO

 

Robgol (Arquivo do Blog)

Em Pernambuco têm sido criadas expressões, que terminam obtendo dimensões nacionais. Pouca gente sabe que o termo “gato”, para definir um jogador de futebol com idade alterada – para menos –, surgiu aqui. O jornalista Adonias de Moura, que na mocidade jogou nos aspirantes do Santa Cruz e do Sport, contou numa de suas crônicas, no Diario de Pernambuco, que no juvenil do Leão havia um zagueiro apelidado de Gato. Este foi pivô de uma celeuma por terem descoberto que na sua documentação a idade estava falsificada. O assunto foi levado para o TJD. Vez por outra pipocava uma nova trapaça em algum clube, e o comentário que surgia era do aparecimento de um novo “caso gato”. Com tanto gato miando, a expressão se espalhou.

O atacante Robson do Náutico, danou-se a fazer gol num jogo e, brincando, disse aos jornalistas que assim como existia o argentino Batigol (Batistuta), em Pernambuco havia Robgol. Funcionou e hoje há muito seguidor de Robson. Exemplo, Gabigol.

O jornalista e advogado Craveiro Leite, rubro-negro, que publicava uma coluna no Jornal do Commercio, sob o pseudônimo de Aladim, chamava a galera alvirrubra, por gozação, de timbuzada, em alegação a imbuzada, uma espécie de mingau feito com a popa do umbu, ou imbu. A palavra estava esquecido, mas passei a usá-la, muitos anos depois, em tom de brincadeira, na minha coluna No Pé da Conversa, também no JC. Terminou sendo absorvida pela turma do Timbu, como o porco teve a aceitação dos palmeirenses, e o urubu, dos flamenguistas. Já existe   até uma torcida no Fla chamada Urubuzada. Tudo, made in Pernambuco.

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