Juiz
sem pernas e esperteza de Valdemar Carabina
Valdemar Carabina (Reprodução Internet)
Perdido por um, perdido por
dez, deve ter raciocinado o técnico do Esporte, quando determinou que sua
equipe se mandasse impetuosamente para a frente, mas sem se descuidar da
retaguarda. Só que o Campinense não estava disposto a entregar o ouro sem mais
nem menos. Tratou de rechaçar a bola para bem longe, sempre que o ‘inimigo’
batia à sua porta.
A partida havia se
transformado numa verdadeira correria porque ao mesmo tempo em que se defendia
dos ataques do Pato, a Raposa contra-atacava, na intenção de assinalar mais um
gol e ‘matar’ o jogo.
Com o calor, que em Patos é
de rachar, os jogadores dos dois lados já davam sinais de esmorecimento. E o que
dizer do árbitro, que não podia ficar parado um só momento? O homem de preto corria
dobrado. Mas terminou entregando os pontos.
Para surpresa geral, quando
faltavam uns bons minutos para o encerramento do encontro, Sua Senhoria soprou
fortemente o apito e deu o jogo por encerrado.
Estupefação de canto a canto
do estádio, com a atitude inusitada do juiz. Os jogadores do Esporte passaram a
acossá-lo exigindo a continuação da disputa.
– O jogo tá muito corrido,
já tô sem pernas e não tenho condições de continuar. Tá encerrado – disse o
mediador.
Esperto foi o técnico Valdemar
Carabina (ex-Náutico, Santa Cruz, Sport
e Central). Ao ouvir essa explicação, o treinador do Campinense mandou seus
jogadores correrem para o ônibus, imediatamente.
Assim foi feito, e antes que
houvesse uma mudança de atitude por parte do juiz, o time de Campina Grande se
mandou, deixando para tomar banho em algum lugar no meio da estrada. Ou seja, o
astuto técnico pegou na palavra e evitou uma nova decisão em segunda instância.
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