Uma deliciosa história contada pelo técnico e preparador físico Hugo Benjamin:
Cansado das brincadeiras, Ederlindo Pereira chegou cedinho ao vestiário alvirrubro, antes de todos, para mais um treino, e afixou numa das paredes o que parecia ser um diploma.
Do
meu gabinete assisti a tudo e fiquei na minha. Veio em minha direção, pesou-se
e ficou aguardando o restante do elenco.
Seus
colegas foram chegando, olhavam rapidamente para a parede e, sem entender
muito, iam se arrumando para o treino. Com todos ainda dentro do vestiário,
Ederlindo subiu no banco e, alto e bom som, gritou para todos:
– Ei,
vocês aí, quero ver o que vocês vão ser quando deixarem de jogar futebol. Pois,
eu já sou formado, e isso aqui é meu diploma de Ciências Contábeis.
Os
jogadores ficaram se entreolhando admirados, e Ederlindo foi para o campo ainda
ouvindo os aplausos dos companheiros, que mexiam muito com ele – havia a
recíproca – mas o admiravam dentro e fora de campo. Era um bom jogador e
cruzava muito bem da linha de fundo para Paraguaio, Jorge Mendonça e
Vasconcelos fazerem seus gols.
A
partir daquele dia, Ederlindo, ou simplesmente DEDEU, passou a ser mais
respeitado.
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