Em quatro anos de
participação no Campeonato Pernambucano – 1955 a 1958 – foram 62 jogos, com 14
vitórias, 5 empates e 43 derrotas. Algo de fazer inveja ao Íbis, o “pior time
do mundo”.
O responsável por essa pífia
campanha foi o Estudantes Football Club, localizado na Av. José Rufino, no
Barro, Recife. Calção e camisa azuis, listra transversal amarela na camisa, não
teve forças para sobreviver e terminou tirando o time de campo. Literalmente.
Goleiro Zeca Peneira |
Os números desfavoráveis na
trajetória quatrienal do time carregado com muito esforço pela dupla de
desportistas Laival Vasconcelos e Eleto Melo, são mais amplos, como vamos ver.
Nos 62 jogos nos quatro anos
de presença no certame estadual, o Estudantes marcou 44 gols e levou 163,
apresentando um saldo negativo de 119. Isso é o que pode se chamar de
derrocada.
FIM DE CARREIRA
Alguns jogadores já em fim
de carreira eram convidados a cada ano para reforçar o ouro-anil, mas o nível técnico
da equipe era baixo e pouco se podia fazer. Alguns que passaram por lá foram Batuel
(Sport), Alcidésio (Náutico), Silva (Santa Cruz), Hélio Mota (Náutico) e o
goleiro Zeca Peneira (Náutico, Sport e Vitória-BA). Betoca, que acaba de nos
deixar, na adolescência chegou a ser reserva de Zeca. Outro goleiro que começou
Já, Dirceu, terminou sendo contratado pelo Sport. Aliás, ele e Batuel, depois que descalçaram
as chuteiras passaram a ser árbitros.
Alcidésio |
No confronto com os grandes,
as derrotas na trajetória do Estudantes eram uma constante, às vezes até por goleadas.
No seu último ano de
participação, 1958, o Estudantes estreou no sábado 31 de maio, sendo goleado
pelo América, que era dirigido por Palmeira, por 4 x 0, na Ilha do Retiro. Gols
de Mangaba, 8, e Gilberto, 43 minutos do primeiro tempo, Paulo, 3 e 44 do
segundo. (Este jogador, vindo de Sergipe, alguns anos depois se consagraria no
Grêmio, como Paulo Lumumba).
Renda de Cr$ 7.643,00, com
arbitragem de um trio internacional vinculado à Federação Pernambucana de
Futebol: Anísio Morgado, português, no apito, Manoel Bello e Ramon Charquero,
uruguaios, nas bandeirinhas.
América: Carijó; Geroldo e Cido; Gilberto, Rosael e Beleu; Cebinha, Mangaba,
Paulo, Zezinho e Gilberto II. (Cebinha e Zezinho eram procedentes de Caruaru,
do Vera Cruz e do Central, respectivamente).
Estudantes: Betoca; Americano e Miguel; Garrafa,
Washington e Dema; Couceiro, Cleto, Jerônimo, Brivaldo e Jarbas.
Outras goleadas sofridas pela ‘estudantada’
naquele ano:
0 x 8 América
0 x 6 Náutico
1 x 6 Sport
0 x 5 Santa Cruz
0 x 7 Sport
0 x 4 Santa Cruz.
Mangaba, do América |
Para que não digam que não falei de
flores, aqui estão as goleadas que o Íbis levou no mesmo campeonato:
0 x 8 Náutico
0 x 4 Santa Cruz
0 x 5 Náutico
3 x 6 Sport
0 x 5 Santa Cruz
0 x 7 Náutico
1 x 6 Sport
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