O juiz Boschilia e seus anjinhos

Dulcídio entre Rivelino e Ademir da Guia (Foto Terceiro Tempo)


 Jogo do Campeonato Paulista. O árbitro era Dulcídio Wanderley Boschilia, que apitou muitas vezes no Recife pelo Brasileirão. Após o primeiro tempo de um clássico Palmeiras x Corinthians, no qual a violência predominou, momentos antes de ser dada a saída para a segunda fase, o juiz chamou os 22 jogadores para o centro de campo, mostrou o cartão amarelo e fez uma pergunta ameaçadora:
– Sabem o que é isto?
Assustado, um corintiano respondeu o óbvio:
– O cartão amarelo.
Boschilia aproveitou a deixa e replicou:
– É não. Era.
Ato contínuo, amassou o cartão, rasgou-o e decretou a impiedosa sentença:
– Agora só tem o vermelho. É bom vocês se cuidarem porque qualquer entrada mais violenta eu expulso o infrator e, se necessário, os 22.
Carregou o cartão vermelho numa das mãos, bem à vista de todos, durante todo o segundo tempo. Tudo correu às mil maravilhas, como se o árbitro estivesse no meio de uma porção de anjinhos.

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