As manhãs de domingo em Caruaru eram
movimentadas pelo subúrbio da cidade com aguerridas partidas de futebol.
Partidas estas, com clubes uniformizados, chuteiras, bolas de couro e até com
juízes contratados pelos preliantes.
Várias equipes se destacavam nesses
embates no chão batido, entre elas, me lembro de duas, Onze Veloz e Flores. A
equipe do Flores era mantida pelo industrial Orlando Tavares, proprietário das
Indústrias Reunidas Flores Ltda., localizada na Silvino Macedo, atualmente
apelidada de “Rua da Má Fama”. No quadro futebolístico do Flores, jogava o
arisco Escurinho.
Outra equipe de que ouvi falar muito,
era a do Paissandu. O time foi criado por Mário Monteiro Florêncio,
recentemente falecido. Inicialmente, um grupo de seis garotos batia pelada no
chamado Bairro Novo de Caruaru, que abrangia terrenos localizados atrás da
então Rádio Difusora de Caruaru, até alcançar a formação ideal de 11 jogadores,
para as disputas de jogos com congêneres.
Na equipe pontificavam o próprio Mário
Monteiro, Rui, que chegou a jogar no Clube Náutico Capibaribe, como goleiro,
Escurinho, Jordão, Zé Gustavo e Amauri Batista, também conhecido como Amauri
Bolinha.
Amauri, renomado neurologista, em
conversa comigo, diz que o Paissandu nunca perdeu dos seus adversários e por
isso lamenta a morte do amigo e colega Mário Monteiro Florêncio, criador do
aludido time de futebol, que poderia confirmar sua informação.
Eis aí, uma boa pedida aos pesquisadores
sobre fatos do chamado esporte bretão na terra do compositor Carlos Fernando.
Um time que veio, viu e venceu. Nunca perdeu um jogo, a antítese do Íbis, o
pior time do mundo. Como gosto sempre de dizer, A CONFERIR.
Por JOSÉ TORRES, jornalista, de Brasília
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