Foi em 1967, quando o Esporte Clube Bahia levou de uma vez
só, cinco jogadores emprestados pelo Náutico. O veterano jornalista baiano
Antônio Matos, que está escrevendo um livro sobre o tricolor da Boa Terra,
mandou esta foto, retirada de um jornal antigo, pedindo uma identificação da
quina pernambucana que foi dar uma mãozinha – especialmente o goleiro João
Adolfo – ao time que tem entre seus torcedores mais famosos, o pernambucano
honorário Gilberto Gil, que na adolescência foi aluno interno do Colégio
Marista do bairro de Apipucos, tendo sido vizinho, portanto, sem saber de quem
se tratava, do célebre sociólogo Gilberto Freyre. Mesmo lutando para ser
pentacampeão, o alvirrubro pernambucano teve condições de disponibilizar um
quinteto para ajudar o Esquadrão de Aço. Tiro e queda. O Bahia acertou na
quina!
Gilson Costa, Toinho, João Adolfo, China e Breno |
Os alvirrubros campeões baianos de 1967 foram Gilson
Costa (quarto zagueiro), Toinho (lateral esquerdo), João Adolfo (goleiro),
China (centroavante) e Breno (lateral direito). Gilson, Toinho, João Adolfo e
China vieram das categorias de base do Timbu. Breno era o único ‘forasteiro’,
uma vez que foi contratado ao América pernambucano, que o revelou. Na sua caminhada,
Gilson Costa, Breno e China também vestiram a camisa do Sport. China, um eterno
brincalhão, era o mais rodado, porquanto foi também do Palmeiras e do Botafogo
e de vários outros clubes.
No primeiro ano do hexacampeonato alvirrubro, em 1963,
China dividiu a artilharia do Campeonato Pernambucano, com o ponta-esquerda
Rinaldo, também do Náutico, ambos com 18 gols. Rinaldo foi do Palmeiras e da
Seleção Brasileira, além de ter vestido outros uniformes. O quinteto teve muita
importância na conquista do Campeonato Baiano daquele ano pelo Bahia. Ou seja, o
Esquadrão acertou na quina.
O centroavante China era irmão do ponta-esquerda Zeca
(Náutico e Santa Cruz), do meia armador Mituca (supercampeão pelo Santa em
1957) e de Expedito, que chegou a jogar na equipe de aspirantes do Santinha. João
Adolfo é irmão do lateral Clóvis, revelado pelo Santa Cruz e que jogou no
Palmeiras e no Náutico. Toinho era filho de um antigo ídolo do Central, ainda
no tempo do amadorismo, ou amadorismo marrom, Joaquim Militão.
Dos cinco ainda estão entre nós, João Adolfo e Gilson
Costa, ambos moradores do bairro da Encruzilhada, perto dos estádios dos Aflitos
e do Arruda, onde durante anos desenvolveram sua profissão.
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