Bala fez Murici suspender o treino




Calma, gente, este título não tem nada a ver com o impetuoso atacante Carlinhos Bala, um jogador de certo modo polêmico, mas de um futebol brilhante, que encantou os torcedores dos vários clubes que defendeu. Só em Pernambuco foram quatro, Santa Cruz, Sport, Náutico e América. Na realidade, Carlinhos está entrando aqui por causa de seu ‘sobrenome’, mas o caso é outro. Refere-se a uma ocorrência havida há algum tempo com o Murici. Também não tem a mínima relação com Murici Ramalho, o técnico que dirigiu o Náutico e o Santa Cruz, e hoje é comentarista na televisão.

O foco é o Murici Futebol Clube, da cidade alagoana de Murici, clube em que a família do geólogo e desportista Renildo Calheiros, ex-prefeito de Olinda e agora deputado federal, tem uma grande influência. Como dizia o escritor Paulo Cavalcanti, o caso eu canto, como o caso foi.

Certo dia, a bola rolava solta no campo do Murici, num treino pra lá de movimentado. De repente, tudo parou. Treinamento interrompido por um motivo inusitado.  É que em dado momento irrompeu um forte tiroteio na vizinhança. Todo mundo tratou de se proteger, enquanto a bala cortava os ares.

Dessa vez não ocorreu nenhuma ação de qualquer torcida organizada. O que houve é que a polícia flagrou uma gangue que, segundo os policiais, estava pronta para assaltar uma agência do Banco do Brasil situada nas imediações. O teitei que botou a turma do Murici para correr, não em busca da bola, mas de proteção, foi resultado desse ação policial em que três ladrões foram despachados para o outro mundo e dois passaram a ver o sol quadrado.

Mas que o pessoal do Murici passou por um grande susto, isso ninguém duvida.

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