Lenivaldo Aragão
“Óia eu aqui de novo”, assim cantou
Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, dando voz a uma das inúmeras composições do paraibano
Antônio de Barros. Transportando essa música para o ambiente futebolístico de
Pernambuco, a situação pode ser atribuída ao Retrô, um time ainda principiante,
que insiste em ameaçar os grandes.
Trata-se de um clube com apenas
oito anos de atividades, pois foi fundado em 15/02/2016, que vai brigar pela
terceira vez pelo título de campeão pernambucano. A equipe de Aldeia, extensão habitada do
matagal situado no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, enfrentará
o Sport, pelo qual foi derrotado na decisão de 2023, que perdeu. No ano
anterior também chegara à grande final, tendo sido superado pelo Náutico.
Ser vice-campeão não conta,
reza uma prédica dominante entre os torcedores brasileiros. Depende. Ter sido duas
vezes vice no estadual em Pernambuco dignifica uma agremiação que sequer tem uma
década de funcionamento.
Essa nova final entre o Leão e
a Fénix passou a fazer parte dos comentários populares, tão logo foram
conhecidos os resultados da fase de ida das semifinais, Sport 2 x 0 Santa Cruz
e Retrô 2 x 1 Maguary. A volta – Santa Cruz 0 x 1 Sport e Maguary 1 x 2 Retrô –
credenciou oficialmente as duas equipes já eleitas pelos “profetas” de plantão.
A trilha final na caminhada em
busca da
taça só pode ser percorrida
pelo experiente e atualmente bicampeão pernambucano e pela promissora e competente
equipe camaragibense.
Não se pode deixar de considerar
o maior poderio do Sport, porém não é bom não desprezar a evolução do Retrô,
que ostenta o título de campeão brasileiro da Série D de 2024.Tal conquista
levou-o à Série C deste ano, onde estará juntamente com o Timbu, um dos
componentes do trio que reina há mais de um século na Terra dos Altos Coqueiros,
do Frevo e do Maracatu.
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