Torcedores do Santa em briga de jogo dos outros (Reprodução)

NO PÉ DA CONVERSA-Lenivaldo Aragão



(Ninguém pode com os marginais / Nações em guerra / Foram para brigar / Reincidência / A violência se alastra / Faz de conta).

 

 

NINGUÉM PODE COM OS MARGINAIS – Há pouco, na sexta-feira 12 de julho, houve um dia de debates no Recife, com gente de casa e de fora. Bira da Universo (o administrador educacional Ubirajara Emanuel Tavares de Melo Filho) e Mochila (jornalista Marcos Lima) promoveram o evento, que reuniu uma porção de gente ligada ao futebol. Vários palestrantes fizeram sugestões, procurando um meio de combater a violência que há décadas assola o futebol pernambucano e brasileiro, de um modo geral. Ainda está para ser publicado um documento oficial sobre o I Fórum Global Paz no Futebol, e a mídia já é obrigada a utilizar parte do seu espaço com as desordens que continuam acontecendo em torno do nosso esporte-rei.

NAÇÕES EM GUERRA – O estado de beligerância que reina aqui e alhures, não tem o menor sentido, é claro. Parece que há países se digladiando. O cordão dos desordeiros “cada vez aumenta mais”, como dizia uma antiga marchinha do carnaval carioca, referindo-se, não aos fora da lei, mas à fila de puxa-sacos que se formava diante do poderoso de plantão.  Antes fosse.

FORAM PARA BRIGAR – Sábado passado (20), na Av. Santos Dumont, junto do Estádio Eládio de Barros Carvalho, o popular Aflitos, houve uma disputa entre torcedores do Náutico e do Santa Cruz. Em campo, as equipes do Náutico e do Athletic, de Minas Gerais. Lá fora, marginais disfarçados de alvirrubros  e tricolores medem forças, botando transeuntes para correr e assustando moradores. Agora me digam o que os falsos tricolores foram fazer ali, se seu time não jogava? Foram para brigar, é claro!

REINCIDÊNCIA – E o pior é que lá dentro também aconteceram atos inconcebíveis, capazes de prejudicar o Náutico, que já é freguês do STJD, devido ao procedimento inconsequente de alguns irresponsáveis. Está num trecho da súmula do árbitro paranaense Murilo Ugolini Klein, que dirigiu Náutico 2 x 2 Athletic:  “Foram arremessados objetos como: copos plásticos, chinelos e tênis em direção ao campo e nos jogadores da equipe visitante quando na comemoração do gol da equipe aos 34 minutos do segundo tempo”.

A VIOLÊNCIA SE ALASTRA – A violência está em toda parte, infelizmente. Em Santa Cruz do Capibaribe, também sábado, o ônibus que levou a Cabense até lá, foi danificado por torcedores do Ypiranga, aborrecidos com a derrota de seu time para a equipe do Cabo de Santo Agostinho por 1 x 0. A ocorrência criminosa foi denunciada à FPF pelos dois clubes.

FAZ DE CONTA – Como no Brasil as leis terminam protegendo que comete certos tipos de marginalidade, os criminosos do futebol passam um tempinho na cadeia, se é que passam, e depois estão na rua, cometendo as mesmas atrocidades. Não há interesse em criar leis que realmente os façam pagar pelos malefícios espalhados pelo reino do futebol e pela sociedade, como um todo. Interessante é que, quando a polícia age para valer, há sempre gente achando que os policiais agiram com exorbitância. É isso que a marginalidade quer.   

 

 

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