Fluminense no tempo do zagueiro Duque: Clóvis, Vitor, Lafayete, Duque, Castilho e Bassu; agachados, Telê, Didi, Atis, Valdo e Escurinho. (Reprodução) |
Duque fazia questão de dizer à sua turma que tinha sido jogador
“Quando sou apresentado aos jogadores ao assumir um time,
menciono logo as equipes em que joguei para que eles fiquem sabendo que sou do
ramo. Jogador só acredita em técnico que já jogou, portanto, não haverá dúvida
a meu respeito”.
As palavras são do mineiro Davi Ferreira, o célebre técnico
Duque. Ele ia soltando o verbo, dizendo aos seus comandados que tinha jogado,
como zagueiro, na seleção universitária mineira, Cruzeiro, Fluminense, Vasco da
Gama e Canto do Rio. Parou em 1958 e já com o diploma de educador físico na
mão, encarou a função de treinador, na qual fez sucesso no Brasil e no exterior.
Pelo menos em Pernambuco marcou época e durante muitos anos ainda será lembrado
por ter sido campeão estadual nos três grandes – Náutico, 1964, 66, 67 e 68;
Santa Cruz, 1970 e 71; Sport, 1975. No Rio, levou o Fluminense a dar a volta
olímpica em 1973. Em 1981, levantou a Taça de Bronze, hoje, Série C, à frente do
Olaria. A final foi disputada contra o pernambucano Santo Amaro.
Pelo Náutico também foi vice-campeão brasileiro da Taça
Brasil, em 1967, o que levou o Alvirrubro a participar da Taça Libertadores das
Américas, no ano seguinte. O título de campeão da Taça Brasil foi o Palmeiras.
Duque, que também apelava para os poderes sobrenaturais,
procurando sempre os trabalhos de algum pai-de-santo, onde atuava, nasceu em
18/5/1928 e morreu em 16/7/2017 aos 89 anos.
Dos 11 que estão na foto, cinco chegaram à Seleção Brasileira: Castilho, Telê - como jogador e técnico -, Didi, Valdo e Escurinho. Castilho, que morreu ao cair de um prédio no Rio - dizem que se jogou, também foi treinador, tendo dirigido o Sport nos anos 70.
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