Pernambucano Og Fernandes, vice-presidente do STJ (Foto: Reprodução) |
ÍNDICE: 1) Ministro rubro-negro; 2) Velhos
tempos do Diario; 3) O Leão nas barras do STJD; 4) Ricardão Mariposa; 5) Cadê o
toco?; 6) Batalhão de cantadores; 7) Feira esvaziada; 8) O juiz bateu a falta;
9) O time deles
MINISTRO RUBRO-NEGRO
O presidente do Sport, Yuri Romão, encontra-se em plena campanha
visando a motivar as autoridades brasileiras quanto à criação de uma lei
específica para combater os milhares de fora-da-lei que, metidos nas
desastradas torcidas organizadas, espalham terror e até mortes Brasil afora. Numa
recente reunião, em Brasília, deparou-se com o ministro Og Fernandes, vice-presidente
do STJ (Superior Tribunal de Justiça), recifense e rubro-negro até a medula. Certamente
será um a dar força à pretensão de Yuri. Não apenas por uma questão clubística,
mas por ser ligadíssimo ao futebol e
conhecer o problema de perto.
VELHOS TEMPOS DO DIARIO
Og foi meu contemporâneo na redação do Diario de Pernambuco,
na época em que o jornal mais antigo em circulação na América Latina era dirigido
pelo saudoso Antonio Camelo. Repórter, já cursava a faculdade. Não obstante o
trabalho e o estudo, acompanhava o Rubro-Negro, perdido entre os milhares de
apaixonados, como ele, espalhados pelo cimento da arquibancada. Eram tempos de
paz, é bom que se diga. Formado em Direito, percorreu os caminhos da magistratura.
A última vez que tive contato com ele foi em 2 de abril de 2008, quando o
Central foi goleado pelo Palmeiras por 5 x 1, em jogo da Copa do Brasil. O
desembargador Og Fernandes foi a Caruaru para presidir a inauguração do Juizado
do Torcedor, no Lacerdão. Há anos vive na capital da República, mas quando
pinta no Recife, e o Sport joga, não perde a chance de rever o seu querido
Leão.
O LEÃO NAS BARRAS DO STJD
O caso do atentado terrorista ao ônibus com jogadores do
Fortaleza será julgado pelo STJD terça-feira (12). O Sport aparece como réu por
ser considerado responsável pela salvaguarda dos jogadores do Tricolor do Pici.
Para mim será uma enorme injustiça se o Rubro-Negro for punido mais do que já
está, sem poder cobrar ingressos em jogos de competições da CBF em que for
mandante. Ao mesmo tempo, seus autênticos torcedores não podem vê-lo jogar fora
do Estado. Onde já se viu clube de futebol patrulhar rodovia federal, principalmente
longe dos seus domínios?
RICARDÃO MARIPOSA
No seu conceituado blogue, o confrade Magno Martins, na
série sobre governadores de Pernambuco que ficaram na História, faz uma citação
a Sérgio Magalhães, irmão de Agamenon Magalhães, um dos maiores nomes políticos
que nosso Estado teve. Sérgio era pai do técnico de futebol Ricardo Magalhães.
Este, procedente do Rio de Janeiro, onde seu pai fazia política, dirigiu as
equipes do Santa Cruz e do Náutico na abertura da década 1960. Paralelamente
foi professor de futebol no primeiro ano do Curso de Educação Física, realizado
nas dependências do Santos Dumont. Alto, sempre de óculos escuro para se
proteger da intensa claridade, Ricardo Magalhães caiu nas malhas de Aramis
Trindade, que escrevia uma crônica no Diário da Noite, divertindo o leitor ao
brincar com seus personagens. Passou a tratar o treinador como Ricardão
Mariposa. Achava que tinha mais pinta de cantor de bolero nas boates, do que de
técnico. O espírito carioca fazia com que Ricardo levasse o apelido numa boa.
Só uma particularidade. Poucos sabiam que o treinador Mariposa não tinha nada
de carioca. Ao contrário do que se pensava, era pernambucano de Olinda. Veio ao mundo quando a
família ainda vivia por aqui.
CADÊ O TOCO?
O dono do Botafogo, John Textor, fez declarações dando a
entender que havia árbitro no Rio de Janeiro cobrando toco, ou seja, um
dinheiro extra por fora. Está convocado para contar tim tim por tim tim no
STJD, provocando a denúncia. Caso contrário, a canoa pode virar e derrubá-lo na
água.
BATALHÃO DE CANTADORES
Essa história me faz lembrar um episódio envolvendo o explosivo
dirigente Alcides Lima, do Central, ali pelos anos 60. O eterno secretário da
Patativa gritou alto e bom som numa entrevista, que o Central não ganhava dos
grandes porque enfrentava um batalhão de cantadores. Ou seja seus jogadores
recebiam propostas para facilitar as vitórias do hoje chamado Trio de Ferro. A
metralhadora apontava mais diretamente para o Náutico, que já estava em plena
caminhada do Hexa. Houve um rebuliço danado, e Alcides foi intimado a provar,
no TJD, o que havia dito. Não provou nada, ficou naquela conversa pra frente e
pra trás e terminou sendo agredido por Luiz Carlos Barbosa Lima, advogado que
representava o Timbu, do qual havia sido jogador e presidente. A denúncia
morreu ali.
FEIRA ESVAZIADA
A progressista Feira de Santana, cidade baiana com 619.609
habitantes (2020) tem dois times fortes e tradicionais, o Feira (2-7-1937) e o Fluminense
(1-1-1941). Os dois já foram campeões baianos,
mas por enquanto amargam a Série A 2 baiana.
O JUIZ BATEU A FALTA
Aconteceu em Santa Cruz do Capibaribe em tempos idos. O
Ypiranga, um time de amadores, enfrentava um combinado da Rua Bahia, de Caruaru.
Em dado momento, o juiz Rodolfo Aragão marcou uma falta. Não indicou para qual
lado seria dado o tiro livre. Depois que ele apitou, um time ficou esperando
pelo outro e nada. Impaciente o árbitro apitou novamente e ninguém se mexeu.
Foi quando ele deu a sentença: “Ninguém quer bater não, eu mesmo bato”. Meteu o
pé na bola, diante da estupefação geral e avisou, gesticulando: ”Tá em jogo”.
O TIME DELES
Antônio Portela (jornalista) – NÁUTICO
Genival Fernandes (repórter fotográfico) - SPORT
Ricardo Carvalho (jornalista) – SANTA CRUZ
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