A esperteza do
goleiro Manga diante do cartola endinheirado
Conta o ex-goleiro Valdir
(Appel), hoje escritor e blogueiro, sobre o pernambucano Manga, seu
ex-colega de posição:
“O Campeonato Paranaense de
1978 poderia ser decidido nos pênaltis e Manga apostou com Evangelino da Costa
Neves, presidente do Coritiba, seu clube, 100 dólares para cada pênalti que ele
defendesse contra o arquirrival Atlético Paranaense. E, realmente, a decisão
foi para as cobranças de penalidades.
Enquanto os técnicos decidiam quem iria bater os
pênaltis, Manga sentou-se ao lado da baliza e pediu ao massagista aplicação de
gelo num dos joelhos, que aparentemente estava
machucado. Após enfaixá-lo, foi para o gol. Talvez, seduzidos pelo joelho
envolto num pano, os jogadores do Furacão insistiram em cobrar daquele lado e
erraram três cobranças. Duas, Manga defendeu; e uma foi para fora.
No dia seguinte, o presidente entregou 200 dólares
ao goleiro, que reclamou:
– Son trecentos, pressidente!
– Como trezentos, se você defendeu dois?!
– Pressidente, mira acá! Manguita non defendió
porque la pelota se fue para fuera. São trecentas platitas!”
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