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| Foto: CBF |
O técnico Dorival Júnior
fará nesta terça-feira (26) a sua segunda partida no comando da Seleção
Brasileira. Na entrevista coletiva realizada nesta segunda (25), o treinador
evitou a euforia e fez questão de pedir paciência. O Brasil enfrenta a Espanha,
a partir das 17h30 (horário de Brasília). O amistoso promovido pela CBF e pela
Real Federação Espanhola de Futebol é fundamentado no combate ao racismo.
"Acredito sempre no
trabalho para que encontremos resultados. Não acredito no imediatismo. Em futebol
não se queimam etapas, ainda estamos em processo inicial, por isso qualquer
resultado que aconteça, quer seja vitória, não nos tirará do caminho. Uma
derrota, tampouco", disse o treinador, que estreou no cargo sábado
(23) com a vitória da Seleção sobre a Inglaterra, por 1 a 0, em Londres. Foi a
primeira vitória do Brasil desde 1995 em Wembley.
"Temos
que ter o equilíbrio dentro da profissão, já que o nível de exigência é muito
alto para todos nós. Tudo o que consigamos realizar e que ficará um dia, se
Deus quiser, marcado dentro da Seleção, demandará tempo, paciência, trabalho,
dedicação e repetições, isso nos levará à excelência sempre", acrescentou.
Na entrevista, Dorival
prestou solidariedade a Vinicius Junior, vítima de atos racistas, e cobrou
punição exemplar aos preconceituosos.
"É
uma covardia o que acontece. Me desculpem, mas não temos outra definição para o
que acontece", afirmou o treinador da Seleção. " Os seres
humanos precisam se respeitar antes de tudo. É inaceitável que pessoas tenham
reações desse tipo. Isso faz o espetáculo perder o seu brilho natura",
completou.
Horas
antes, o atacante do Real Madrid fez um desabafo. Ele
chorou, declarou que "cada vez tem menos vontade de jogar" e
explicou sua luta contra o racismo.
"Eles
pensam que estou contra a Espanha, mas não estou contra a Espanha, estou contra
os racistas do mundo, de toda a parte. Quero igualdade para todos nós",
disse o jogador.
Desde o desembarque da
Seleção em Madri, domingo, a CBF realiza uma série de ações de combate ao
racismo. O jogo tem o slogan "uma só pele, uma só identidade". A
delegação percorre Madri em um ônibus preto com o slogan estampado. Na hora do
hino, os jogadores vestirão uma jaqueta preta com a frase gravada entre
outras ações.
“
Nós viemos aqui para um compromisso esportivo, temos do outro lado companheiros
de profissão que se respeitam acima de tudo e faremos de tudo para fazer um
grande espetáculo”, afirmou Dorival.
“Eu
acho que a emoção não pode extrapolar e com isso perdemos a razão. Nós temos um
sentido na nossa vida, que é o respeito aos nossos semelhantes. Os companheiros
de trabalho não têm responsabilidade sobre isso, eu acredito que isso seja um
apelo ao mundo”, concluiu.
A equipe
do Brasil para este amistoso deve ter: Bento, Danilo, Fabrício Bruno, Beraldo e
Wendell; Bruno Guimarães, João Gomes e Lucas Paquetá; Raphinha, Vini Jr e
Rodrygo.
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