A PATATIVA DA SORTE

 



 Há 40 anos, quando jamais se pensava em  clube esportivo ganhando dinheiro em apostas, a não ser nas parcas cotas distribuídas periodicamente pela Loteria Esportiva, o hoje centenário Central Sport Club (15-6-1919), já explorava o popular jogo de bicho para aumentar seus rendimentos.

O responsável pelo pioneirismo foi o presidente do Alvinegro no biênio 1984/85, o  empresário Edgar Aragão, nascido em Santa Cruz do Capibaribe, e que se mudou ainda criança para Caruaru, acompanhando a família.

Comandando a reforma do Lacerdão, oficialmente Estádio Luiz Lacerda, Edgar inventou várias maneiras de puxar mais um dinheirinho para o clube, como os tradicionais bingos em que eram sorteados automóveis. Uma das fórmulas boladas foi a implantação de lojas nas dependências externas do estádio.

Na fértil imaginação de Edgar surgiu a ideia nada convencional para a época, em se tratando de um clube de futebol, da criação de uma banca do popular jogo de  bicho. O nome era chamativo, Patativa da Sorte. Se alguém não sabe, desde seu nascimento, o Central  tem como símbolo uma patativa, ave de penas brancas e pretas, as mesmas do clube, que povoavam as matas da Região. Além de jogar no grupo, “na milhar”, na centena e na dezena, o freguês palpitava nos jogos de futebol.

Neste aspecto, Edgar foi um homem à frente de seu tempo. Na Patativa da Sorte sempre havia gente acertando e levando um dinheirinho para casa.

A foto que ilustra esta matéria, publicada em reportagem que fiz para a revista Placar, sobre o pioneirismo do Central, quarenta anos atrás,  mostra jogadores alvinegros diante do balcão da Patativa, entre eles o bigodudo Paulinho, notável meia-de-ligação centralino, que também defendeu o Náutico e foi campeão brasileiro pelo Coritiba em 1985.

 

 

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