O CENTRAL DO CRAQUE LUCIANO

 

Em pé, Alfredo Santos, Timbó, Zé Carlos Macaé, Cícero, Jorge Luiz e Chiquinho; agachados, Zequinha, Luciano, Guiga, Neto, Alex e o massagista Agostinho, ex-goleiro do Santa Cruz e do Central.


 Do robusto arquivo fotográfico do ex-jogador João Luiz, captei esta formação da equipe do Central em 1983. O destaque era o meia armador Luciano. A Maravilha do Arruda estava encerrando sua carreira, depois de ter vestido, como profissional, as camisas do Santa Cruz, Sport, Náutico e Central (PE), Corinthians, Juventus e Portuguesa (SP). Deu os primeiros passos na cidade onde nasceu, Pesqueira, defendendo o União, time da fábrica de doces Peixe, de onde foi levado pelo irmão, o centroavante Paulo Veloso, para o CRB. 

De Maceió para o Recife, rumo ao Arruda, foi um pulo, com Luciano sempre na cola do irmão. Logo profissionalizaram-se.  Luciano teve participação decisiva nos cinco anos da campanha que levou o Tricolor a se sagrar pentacampeão pernambucano  (1969 a 1973). Em 1975 formou na badalada Seleção do Nordeste, quando o Sport quebrou um jejum de títulos no Estadual, que entrava para o 13º ano.

Em 1977, o pesqueirense Dodô, este o apelido da infância, foi um dos jogadores que participaram da vitória do Corinthians sobre a Ponte Preta na conquista do Campeonato Paulista, competição que o Timão ganhara pela última vez em 1954, quando a cidade de São Paulo festejou seu quarto centenário de fundação. Carinhosamente, a torcida chamava-o de Coalhada, em alusão a um dos muitos personagens vivenciados pelo célebre Chico Anísio, um jogador que, como Luciano, usava cabeleira black-power e bigode. 

Aos 74 anos de idade, Luciano mora ao lado do Mundão do Arruda, palco de jornadas memoráveis dele e dos companheiros do Penta. Ainda participa de movimentos, como a Festa do Boleiro, na qual uma vez por ano, ex-jogadores vivem um dia de confraternização e relembranças.


 

 

   

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