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Matéria publicada pelo jornal LANCE! :
Com
o objetivo cada vez maior em se tornar Sociedade Anônima do Futebol, o Sport
promoveu na noite desta segunda-feira (13), nas dependências da Ilha do Retiro,
um encontro junto ao Conselho Deliberativo para esclarecimentos e dúvidas mais
profundas do que pretende implementar sobre a constituição da lei da SAF. A
iniciativa partiu do presidente Yuri Romão, que vê o modelo como uma das
prioridades da sua gestão para os dois próximos anos (2023/24).
A apresentação contou com a palestra de Rodolfo
Riechert, CEO da Genial Investimentos, plataforma de serviços financeiros que
tem como meta mostrar a visão do investidor sobre as SAFs, e do advogado
especialista em direito desportivo Rodrigo Monteiro de Castro, coidealizador da
Lei da SAF, de autoria do Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
COMPETIVIDADE
–
Eu entendo que um clube do Nordeste só vai conseguir nivelar a competitividade
ao lado de um investidor. E esse encontro é uma preocupação que temos de levar
transparência para o nosso Conselho. O objetivo foi de fornecer informações
sobre a lei da SAF com grandes especialistas da área, de uma forma correta e
responsável, mas também com enriquecimento de dados – explicou o presidente
Yuri Romão.
Essa foi a primeira vez que esse tipo de debate
aconteceu junto aos conselheiros do clube, que elogiaram o nível técnico do
encontro e tiveram a oportunidade de fazer perguntas aos especialistas. A mesa
foi presidida pelo vice-presidente do Conselho, André Fernandes.
– a lei da SAF deve ser compreendida como uma
solução, não obrigatória, para os problemas estruturais dos clubes brasileiros.
Ela medirá o tamanho do sonho ou da perspectiva de cada clube: quem quiser
permanecer em crise e numa permanente gangorra financeira, ficará sob o modelo
associativo; quem quiser voltar a ser grande, haverá de seguir algum caminho
previsto na nova Lei – aponta o advogado
Rodrigo Monteiro de Castro.
COMO FUNCIONA
Durante
a apresentação, foram realizadas demonstrações de como surgiu a lei da SAF, as
questões jurídicas, processos e diferenciações de modelos que variam de clube
para clube, inclusive com comparativos entre agremiações de fora do País.
Também foram demonstrados os investimentos do mercado do futebol, exploração de
novos produtos, formação de novos ídolos e receitas, além de demonstrativos de
como o futebol pode ser indutor do entretenimento, e de como seria a visão dos
investidores sobre o projeto.
– O potencial do mercado brasileiro de futebol é
enorme. Mas não podemos continuar com o clube sendo o único ente não-privado,
vendo a receita sendo dividida entre todos e a ele restar a dívida. Formação de
novos talentos, novas receitas com exploração do entretenimento e de novos
produtos mostram que esse é o caminho. Para isso, o ambiente profissional
dentro dos clubes precisa ser cultivado-, opina Rodolfo Riechert, CEO da Genial
Investimentos.
Este encontro junto ao Conselho Deliberativo é uma
extensão dos planos do presidente Yuri Romão em obter o máximo de conhecimento
possível com especialistas no assunto. Em janeiro deste ano, o mandatário do
Leão enviou uma comitiva com seus vice-presidentes para conhecer as instalações
e os profissionais do Cruzeiro e Coritiba, com objetivo de trocar informações
sobre reestruturação, com pilares para a Sociedade Anônima do Futebol e
profissionalização. Um dos próximos passos é visitar o Athletico Paranaense,
segundo revelou Romão.
ERROS E ACERTOS
– A minha vida corporativa em banco me ensinou que
precisamos ter humildade para aprender com erros e acertos com clubes que estão
em fases distintas e mais avançadas em relação à SAF. Tivemos encontros muito
produtivos com diretores de Cruzeiro e Coritiba, e quero fazer minha próxima
visita ao Athletico, que é considerado modelo de transformação-, afirma o
presidente.
De acordo com Yuri Romão, o Sport quer fazer todo
o processo com calma, mas sem perder tempo. E estabelece qual é a prioridade em
relação à SAF.
– Eu gostaria que para o ano de 2023, já
pudéssemos ter pelo menos a autorização do Conselho, e até por isso estamos
levando todo o tipo de informação e conhecimento. Precisamos fazer tudo isso
com muita cautela e responsabilidade, mas também estar adiantados. Não podemos
ser omissos e perder tempo. O Sport tem tudo: patrimônio, tradição, torcida e
história. Mas temos que avançar e tomar uma decisão, e isso será feito de forma
coletiva-, acrescenta.
– É um momento importante para a nossa história e
fundamental para essa gestão, por isso o objetivo de apresentar tudo de forma
minuciosa. E qualquer passo além disso só vai acontecer após um amplo debate
entre diretoria, conselheiros e torcedores, – c corrobora o vice-presidente do
Conselho, André Fernandes.
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