SUPERMERCADO NO CT DO TIMBU
Com os clubes enfrentando um montão sempre crescente de dificuldades para tocar o futebol profissional, cada um se vira como pode. Essa transação que o Náutico acaba de fechar com uma cadeia de supermercados, vinha sendo negociada há algum tempo. A empresa comercial está ocupando uma área do extenso terreno onde funciona o CT Wilson Campos, no bairro recifense da Guabiraba. Antes que o Timbu, através do seu Conselho Deliberativo e da Diretoria Executiva batesse o martelo, o benemérito Eduardo Araújo já se mostrava entusiasmado com o que estava para acontecer. De acordo com matéria do jornalista Marcelo Aragão, publicada neste espaço, tudo foi feito pensada e calculadamente. O dinheiro que passará a entrar mensalmente na conta bancária do Alvirrubro terá a precípua finalidade de ir ajudando a zerar o montante das famigeradas dívidas trabalhistas, até um dia essa agonia que tanto aflige os dirigentes chegar ao fim.
Foto: O Globo-reproduçãp |
O MACAXEIRÃO
Naquele terreno que, pelo que
sei tem 42 hectares, quando o Brasil vivia a febre dos estádios gigantescos após
o advento do Mineirão, seria construído o Estádio Guararapes, do Clube dos
Aflitos, com capacidade para 100 mil pessoas. Ainda estava no papel e já passou
a ser chamado de Macaxeirão, em alusão
ao bairro da Macaxeira, situado na vizinhança. O Santa Cruz, de olho na
Minicopa (1972), com apoio do governo já tocava o Colosso do Arruda, ao mesmo
tempo em que o Sport alardeava a construção do Estádio Presidente Medici, na
Ilha Joana Bezerra, que ainda não era habitada. Receberia 130 mil espectadores.
E os três vendendo ao mesmo tempo cadeira cativa, carnê para sorteio de carros
e outros brindes, um verdadeiro fuzuê.
No Náutico foi criado um consórcio.
Participação do então presidente do Bahia, Osório Vilas Boas, que tratava de
construir também um estádio para o tricolor baiano. Este, é bom lembrar,
continua jogando na Fonte Nova. Foi o cartolão baiano que presidiu a cerimônia
de lançamento da pedra fundamental do Guararapes. Era uma agradável manhã de
domingo. Eu estava lá, cobrindo para o Diario de Pernambuco. Muitos torcedores
presentes. O Macaxeirão terminou ficando inviável, bem como o Presidente
Medici. O consórcio fez um acordo com o Náutico, deixando o terreno para o
clube. Durante um bom tempo só havia mato, até que o pessoal resolveu tocar
algumas obras um tanto improvisadamente para evitar que os sem-terra tomassem
conta. Foi assim que nasceu o CT.
POR QUE MINEIRÃO?
O nome oficial é Estádio Governador
Magalhães Pinto. Foi construído em 1965 e pertence ao Estado de Minas Gerais. O
apelido Mineirão foi dado como um desabafo endereçado aos cariocas. Estes
usavam a expressão “mineirão” de forma pejorativa, como fazem com o nordestino,
a quem tratam como pau de arara, cabeça chata, baiano, paraíba. Para mostrar
que alguém era despreparado ou abobalhado dizia-se “aquilo é um mineirão”.
Quando surgiu o estádio, no mesmo formato do Maracanã, mas em linhas mais
modernas, a alcunha Mineirão foi a maneira encontrada para dar uma tapa de luva
na turma da Baía da Guanabara. A moda do aumentativo espalhou-se pelo Brasil. Em
Pernambuco temos muitos, como o Lacerdão (Estádio Luiz José de Lacerda), de
Caruaru. Ainda bem que não dá para se chamar Ilhão, Aflitão. Em contraposição
há o Arrudão.
CHEFE DA CASA CIVIL
Pelo menos é este o papel que
vem sendo desempenhado, e muito bem, na
Federação Pernambucana de Futebol, pelo primeiro vice-presidente, Pedro Lacerda.
Sentindo a necessidade de o presidente Evandro Carvalho dialogar amistosamente sobre
o presente e o futuro do futebol pernambucano, Pedro marcou um almoço para esta
quarta-feira (8) na FPF, do Poderoso Chefão com uma turma de veteranos
cronistas esportivos. Muitos ainda continuam dando seu recado, como este
locutor que vos fala, hoje blogueiro e produtor de publicações independentes.
O CAMPEONATO DAS USINAS
A volta à cena política de
José Múcio Monteiro faz-me lembrar o antigo Campeonato das Usinas, que era
organizado pela Empresa Jornal do Commercio – leia-se Brivaldo Franklin. O Cucaú
Sport Club, time da Usina Cucaú, pertencente à família Monteiro, sempre
despertava curiosidade quando jogava fora de casa. Todos queriam ver aquele zagueiro
que encarava qualquer atacante que ousasse cruzar o seu caminho. “É o dono da
usina”, costumavam comentar os espectadores, muitos admirados por ele estar
misturado com seus operários. Tratava-se
do doutor Múcio, um dos proprietários da indústria localizada no município de
Rio Formoso, e pai do jovem Zé Múcio, o hoje ministro da Defesa do governo
federal. O antigo zagueiro infelizmente morreu trágica e prematuramente num
acidente aéreo.
DO LACERDÃO PARA ITAQUERA
O jogo desta quarta-feira (8),
às oito da noite em Caruaru, entre Porto e Sport não terá mais Deborah Cecília
Cruz Correia na arbitragem. De última hora ela, que faz parte do quadro da
Fifa, foi designada para comandar Corinthians x Internacional amanhã (9) na Neo Química Arena, situada no bairro de
Itaquera, em São Paulo, pela Supercopa Brasil Feminina. Quanto à partida no
Lacerdão, o apito foi entregue a Nairon Pereira.
Deborah Cecília |
ENCOSTOU NOS LÍDERES
O Náutica foi a Afogados
saldar um compromisso atrasado da sétima rodada do Campeonato Pernambucano e se
deu bem. Nesta terça-feira (7) derrotou o Afogados em seu reduto, o Vianão, passou o Santa Cruz e assumiu a terceira posição na
classificação, com 12 pontos. Acima dele, só o líder Sport (16) e o vice-líder
Retrô (13). O gol alvirrubro foi marcado por Gabriel Santiago. Vagner, goleiro do
Timbu, brilhou ao defender um pênalti cobrado por Venícius.
CLÁSSICO EMBALA O SÁBADO
O Sport encara o Porto, às 29 h
desta quarta-feira (8), no Lacerdão, em Caruaru, às 20h, e como o Náutico, voltará
depois suas atenções para o Clássico dos Clássicos em que ambos estarão
envolvidos sábado (11) nos Aflitos, às 20h30 – inicialmente o jogo estava
programado para 16h30. Só a torcida do Náutico terá direito a ver o jogão,
conforme o que foi estabelecido recentemente entre federação, clubes e
autoridades.
QUE VERGONHA!
Depois dessa do Flamengo, o
fluminense Adilson Couto está fazendo falta!.
Foto: O Globo-reproduç~po
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