(Vários assuntos estão sendo abordados nesta coluna)
SANTO DE CASA
Espera a torcida do Náutico
que o dito popular “santo de casa não faz milagre” seja invertido nesta quinta chegada de Roberto Fernandes aos
Aflitos. Beto, como os amigos o tratam desde a época de peladeiro, foi
contratado pelo atual campeão pernambucano, lanterna da Série B do Brasileiro
após as duas primeiras rodadas. Com o cargo de técnico vago, o clube não podia
perder tempo cascavilhando o mercado da bola para contratar um profissional à
altura de suas condições atuais. Quem viesse saberia tanto de futebol quanto
Roberto, que estava dando sopa na praça. É considerado de casa. No clube sabe o
caminho das pedras. De cara, pega a decisão do Campeonato Pernambucano 2022 com
o Retrô. Este chega à final com muitas probabilidades de fazer a festa. Quer acabar
com a mística de que camisa pesa.
Foto: reprodução Globo Esporte |
Começar em casa, diante de sua
entusiasmada torcida, é uma vantagem para o Náutico. Jogar por jogar, joga-se
em qualquer lugar. O problema é que o treinador está entrando de supetão.
Todavia, contar com o alvoroço da
timbuzada no ‘caldeirão’ certamente ajudará. Para o Timbu ou para a Fênix, abrir
as finais na frente, é meio caminho andado. Teste de fogo para Roberto
Fernandes. Saindo-se bem nesta decisão verá seu conceito crescer diante da
galera, arrefecendo a incredulidade dos que têm contestado sua volta. Os que
creem na sua capacidade de Beto esperam que o santo de casa faça milagre.
O SERTÃO VAI VIRAR MAR
Mirinda está levando para
valer sua candidatura à presidência da Federação Pernambucana de Futebol. Nos
últimos dias realizou uma verdadeira maratona pelo Estado, cercado de
assessores. Em várias cidades reuniu-se com dirigentes e jornalistas. Promete, entre
outras coisas, caso consiga se sentar na cadeira presidencial do Palácio dos
Esportes Rubem Moreira, uma constante presença da FPF no Interior. Uma inovação
seria a criação de diretorias municipais. Lembra a célebre profecia do líder religioso
Antônio Conselheiro, que abre este parágrafo.
O ÓCIO DA BOLA
Uma das queixas que Mirinda ouviu
foi sobre a falta de competições que movimentem o futebol interiorano por mais
tempo. Está certo que o calendário oficial parte da CBF, que se inspira na Fifa,
mas existem as chamadas soluções caseiras. O Ceará, por exemplo, já tem a Série A 3, ou
terceira divisão estadual, além da Taça Fares Lopes. Entre nós, Sete de Setembro
e Vera Cruz, que desceram para a Série A 2, só voltarão à atividade daqui a um
ano. O Salgueiro, que abdicou da Série D, idem. As equipes terminam sendo
desfeitas. É difícil conseguirem novos adeptos nas suas cidades nessa letargia.
ATABALHOADO
No primeiro minuto do jogo
decisivo do Torneio Montaigu, na França, entre as seleções sub-17 do Brasil e
da Argentina, o goleiro Díaz procurou rebater um chute de um brasileiro, mas
foi infeliz. A bola bateu no centroavante Endrick e... lona. Era o começo da
conquista dos canarinhos, que venceram por 2 x 1 e fizeram a festa.
PARA VARIAR...
Houve alguns safanões entre jovens brasileiros e
argentinos, instantes depois do encerramento da partida, porém a situação foi
contornada por dirigentes dos dois países. A rivalidade histórica bota as unhas
de fora logo cedo.
TIMBU DO NORTE
A contratação do pernambucano
Caça Rato trouxe em evidência em nosso Estado, o nome do Náutico Futebol Clube,
de Boa Vista, capital de Roraima. Tem as mesmas cores do seu homônimo
pernambucano e como este é simbolizado por um timbu. É chamado popularmente de
Timbu do Norte. Foi fundado em 22/12/1962, em Boa Vista, tendo em 2012 sido
transferido para Caracaraí, cidade situada a 140 quilômetros da Capital, para
onde voltou em 2016. Foi três vezes campeão estadual, em 1967, 2013 e 2015.
Atualmente está na Série D do Brasileirão, no qual estreou perdendo para o
Porto Velho, de Rondônia, por 3 x 0.
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