Cadê o segundo turno?
Alexandre Julião quando coordenava as divisões básicas do Santa Cruz (Foto: Divulgação) |
Nos cinco quilômetros que faço diariamente, com direito a uma ou outra farrapada, pelo calçadão ou preferencialmente pela areia de Boa Viagem, aqui, acolá encontro um velho conhecido e, é sempre comum sair um papo de bola ou gêneros afins.
O técnico Alexandre Julião,
estava outro dia criticando o curto calendário do futebol de base, com
campeonatos em prazo espremido, sem dar a necessária experiência, que pode vir
no futuro, mas tardiamente, à arraia miúda.
O problema é causado pelo
roteiro traçado pela CBF, que agora unificou os períodos para a realização dos
campeonatos estaduais. Antigamente, tanto fazia ser disputado no primeiro, como
no segundo semestre. Os clubes e a federação é que resolviam. O semestre vago
era utilizado para a realização de competições no Estado ou fora, ou mesmo
excursões pelo Brasil, que levavam até três meses. Serviam de preparação para o
estadual. Isso quando o campeonato se realizava na segunda parte do ano. Se no
primeiro semestre, a programação de que falei passava para os meses seguintes,
agora não mais em caráter preparatório, mas com finalidade arrecadatória. Os
times eram praticamente os mesmos, pouco mudavam de um ano para outro. Uma ou
outra cara nova, apenas.
Agora, o campeonato tem mais
pinta de um mero torneio, fazendo lembrar a história que contam de Garrincha,
na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, quando ele estranhou a modalidade da
competição, dizendo mais ou menos assim:
– Um campeonato que não tem
segundo turno, nunca vi...
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