Os jornalistas e a corrente negativa de Sicupira
Sicupira, ex-ídolo paranaense (Foto: Face) |
Fim
da Copa América de 1993 no Equador, Os últimos remanescentes do pelotão de
jornalistas brasileiros que cobriram a competição chegavam ao aeroporto de
Guayaquil. Tomariam um avião da Sieta, empresa equatoriana, às 20h40, e às
22h10 chegariam a Lima, com tempo de sobra para pegar a uma e meia da manhã, o
Jumbo da Varig procedente de Tóquio, com escala
Finalmente, depois de muita
ginástica, conseguiu-se garantir vagas numa viagem da Aero-Peru, mas saindo de
Guayaquil por volta da meia-noite, sem mais condições de fazer o transbordo, a
não ser por obra e graça do imponderável. A diferença entre a chegada do grupo
e a decolagem do gigante da Varig seria de apenas 15 minutos, tempo
absolutamente impossível para se sair de uma aeronave e entrar em outra, com
redespacho de bagagem, passando pela Alfândega, entre outras coisas.
Quando
ainda se esperava o embarque, em Guayaquil, Sicupira, ex-jogador do Athletico
Paranaense, que faleceu há um mês (7/11/2021), que exercia a função de comentarista,
fez a sugestão, em tom de brincadeira:
–
A gente tem que fazer uma corrente negativa para o avião da Varig atrasar, pois
do contrário vai todo mundo fazer turismo forçado no Peru.
E
lá se vai a turma de jornalistas brasileiros voando em asas peruanas. Em Lima
foi uma festa quando a turma avistou o Jumbão com toda sua imponência, parado,
estático, sem qualquer ar de movimentação. Estaria esperando o pessoal da
mídia, graças a um apelo dramático que fora emitido desde o Equador? A volta
para o Brasil estava garantida. E haja vibração.
O
pessoal voltou no Jumbo mesmo. Mas não pensem que a Varig se compadeceu. Ocorre
que tinha havido uma pane, e o avião estava sendo consertado. Ou seja, a
corrente negativa de Sicupira tinha sido bastante positiva.
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