“HABLAS CASTELLANO?”
Hélio dos Anjos, Dorival Júnior, que já haviam passado
pela Ilha do Retiro, e o pernambucano Dado Cavalcanti. Os três estavam sendo
falados, porém, o Sport foi buscar longe o substituto de Umberto Louzer.
Trata-se do paraguaio Gustavo Florentín, de 43 anos, que além de seu país exerceu
a função de técnico no Chile e na Bolívia.
(Foto reproduzida do site oficial do Sport) |
RELEMBRANDO
PEREZ
A última vez que o comando da equipe rubro-negra foi
entregue a um paraguaio aconteceu em 1976, quando Juan Miguel PEREZ, um
ex-goleiro do Leão assumiu o posto. Depois, em 1979, dirigiu o Náutico.
PIONEIRISMO
No Sport após descalçar as chuteiras, ou pendurar as
luvas, Perez passou a ser treinador de goleiros, quando a função praticamente não
existia no Brasil. No Leão, o paraguaio criou uma inovadora “escolinha de
goleiros”, com vários alunos, entre eles Pimenta, que brilharia no Náutico. A
iniciativa mereceu reportagem na revista Placar.
AS
APARÊNCIAS ENGANAM
Pelo que leio na imprensa, a saída de Hélio dos Anjos,
dos Aflitos, não foi tão cordial, como pareceu. Segundo o noticiário, o
treinador ameaça ir à Justiça cobrar R$ 650 mil a que acredita ter direito. O
clube reage, alegando que a ideia da rescisão contratual partiu de Hélio. Vale salientar
que o técnico disse, numa entrevista, que saiu por ter discordado da decisão da
direção do clube de dispensar alguns jogadores após a derrota por 1 x 0 para o
Cruzeiro, em casa.
LEÃO DO PICI VI COM TUDO
O empate do São Paulo por 2 x 2, depois de estar vencendo o Fortaleza, nao Morumbi, por 2 x 0, dificultou a missão do tricolor paulista quanto à passagem para a próxima fase da Copa do Brasil. O Leão do Pici vai entrar em campo rasgando, quarta-feira que vem (1º de setembro), na Arena Castelão.. Já mostrou que tem potencial para encarar os companheiros de Rigoni, mais ainda jogando em seus domínios.
SALVE O SENEGAL
Só conheço um senegalês, a quem apenas cumprimento, mas nesta quinta-feira (26) parabenizei-o, como muitos conhecidos seus após a magnífica façanha da seleção do Senegal, classificando-se para as semifinais da Copa do Mundo de futebol de areia, na Rússia, ao mesmo tempo em que eliminou o Brasil. Trata-se do proprietário de uma lojinha de telefone celular e artigos afins, localizada defronte o Big Bompreço do terminal de Boa Viagem. O estabelecimento, aliás, leva o nome do país do eu dono.
MEMÓRIA ALAGOANA
Aos 84 anos de idade, foi embora para o outro lado da
vida, o alagoano Lauthenay Perdigão, antigo jogador do CSA, historiador e
criador, em 1993, do museu que leva o seu nome. Localizado no Rei Pelé, o Museu
do Esporte Lauthenay Perdigão é visita obrigatória para quem está interessado
em dados não apenas do futebol da Terra dos Marechais, bem como de Pernambuco e
de outros Estados do Brasil. Um dos meus livros faz parte do acervo. Seu
conterrâneo Mário Lima, jornalista e escritor, escreveu um livro a ele
dedicado, sob o título “Lauthenay, um Quixote do Esporte Nacional”. É dele este
comentário: “Para manter a história viva, ele lutou contra todos os moinhos
possíveis”.
(Foto: Divulgação) |
MAMADU
BOBÓ
Vendo o jogo em que a Seleção Brasileira de futebol de
areia foi eliminada da Copa do Mundo da modalidade pela equipe do Senegal, vejo,
entre os senegaleses, um jogador chamado Mamadou Sylla. Lembrei-me do semanário
Tabloide, no qual eu, Olbiano Silveira e Antônio Portela abrimos as portas para
uma porção de jornalistas que estavam saindo da faculdade e precisavam mostrar
serviço. Todos trabalhavam por amor, inclusive os comandantes, posto que o
dinheiro que entrava nem dava para as despesas.
Resolveu-se criar uma seção escrachada para abordar as
fofocas do mundo do esporte. Criou-se a coluna, entregando-a aos cuidados de
Xico Sá, egresso do Cariri cearense, morador da Casa do Estudante da
Universidade Federal de Pernambuco, magro que só um retirante da seca de 1877,
como gostava de lembrar minha avó paterna. Logo criou-se o título Fuxico, por
todos os motivos bem adaptável ao espaço.
Trabalho foi para encontrar um pseudônimo para a coluna,
uma vez que, pelo caráter da Fuxico, era desaconselhável colocar o nome
verdadeiro de alguém. Nesse ínterim, cheguei um dia ao Edifício Círculo
Católico, onde funcionava o jornal, levando uma revista esportiva portuguesa.
Entre os assuntos abordados havia uma reportagem sobre o africano Mamadu Bobó,
considerado o jogador mais indisciplinado do futebol português. “Achei o nome”,
disse um eufórico Xico Sá, folheando a revista. Foi assim que nasceu o personagem
oculto da história do Tabloide, cuja coleção está no Arquivo Público do Estado.
Quanto a Xico Sá, este nome dispensa comentário...
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