Por Lucídio José de Oliveira, médico e escritor
Nos anos 40, fato curioso acontecia no futebol pernambucano. O Náutico costumava roubar jogadores do Sport, levando-os a jogar e fazer nome nos Aflitos. Alguns deles terminavam campeões, ou se já eram, continuavam sendo. Aconteceu mais ou menos nesta ordem, com Genival (campeão e artilheiro com o Sport em 43, e com o Náutico em 45), com Pitota, Idimar, Amorim (campeão e artilheiro na Ilha e nos Aflitos), Paulinho, Alheiros, culminando com o goleiro Manuelzinho, a transferência que mais mexeu com as duas torcidas (os quatro últimos campeões no Sport, depois no Náutico). Não tinha mão dupla. Jogador do Náutico, ao menos as grandes estrelas, não deixavam os Aflitos naqueles idos para jogar na Ilha.
Depois, mais adiante,
profissionalismo consolidado, aconteceu. Mas nos anos 40, não. Idimar,
sergipano de origem, (na foto e no destaque do time), está na relação acima.
Tendo vindo de Sergipe em 1945 para estudar engenharia no Recife, optou pelo
Sport. No Náutico, até se tornar engenheiro, jogou a partir do ano seguinte, de
1946 a 48. Era atacante pela direita, ponteiro ou meia avançado.
O sergipano Idimar (Arquivo familiar) |
A foto do time é do jogo
Náutico 7 x 3 Sport, em junho de 1947, dia em que Idimar contribuiu com dois
gols para a histórica goleada.
As fotos me foram
gentilmente enviadas há pouco por um dos seus filhos, residente em Salvador.
Eram muitos... Além do citados - Genival, Pitota, Idimar, Amorim, Paulinho, Alheiros e Manuelzinho - teve ainda no período Carmelo e Schiller Diniz.
ResponderExcluir