Seleção Baiana só no nome (Reprodução Diario de Pernambuco) |
Há um samba bem antigo
chamado “Falsa Baiana”. Algo parecido com o que aconteceu certa vez no Recife,
mas no futebol, conforme notícia publicada na edição de 28/3/1934 do Diario de Pernambuco: “A Araranguá, em
que viajaram os baianos, atracou no cais do armazém 8 pouco antes das 7 horas
da manhã. A essa hora já o cais se enchia de autoridades desportivas e
representantes da imprensa, que foram ao encontro dos embaixadores, mal atracado
aquele navio.
Trocadas as primeiras saudações, batidas chapas fotográficas,
desembarcaram os baianos e rumaram pouco depois para o hotel onde se acham
hospedados. Às 4 horas fizeram ligeiro bate-bola no campo do rubro-negro. Às 20
horas, o Esporte (sic) ofereceu no Leite um jantar à embaixada visitante,
presidentes das agremiações esportivas e cronistas esportivos. Usaram então da
palavra o dr. Machado Dias, oferecendo o jantar, e o dr. Arnaldo Silveira, em
agradecimento e saudação aos esportistas pernambucanos. Às 21h30 estiveram os
baianos na Avenida Malaquias examinando as instalações para os jogos noturnos.
A seleção baiana, campeã
brasileira de amadores, veio ao Recife a convite do Sport. Recebeu muitas
homenagens e, na estreia, contra o Náutico, no dia 28 de março, empatou por
6x6. Venceu depois o América (4x2), mas foi goleada pelo Sport (5x1) e pelo
Santa Cruz (3x0). Ai, então, se descobriu que de seleção não tinha nada”. Até o
jornalista e escritor Mário Melo, que detestava futebol, entrou na onda para
ridicularizar a situação: ... “O que estava ajustado era a vinda do combinado
baiano e o que veio foi um simples clube. Falsificação de marca. Os daqui
ajustaram a compra de um charuto fino Suerdieck e receberam ‘cartolinhas’”.
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