No tempo do Leão do Norte




Em 1928 a Liga Pernambucana de Desportos Terrestres não deixou a delegação estadual disputar o Campeonato Brasileiro. Os dirigentes locais não admitiam que a chave do Nordeste fosse disputada sempre em Salvador, favorecendo o escrete da Bahia. 

A briga logo deu resultados. No ano seguinte, a Confederação Brasileira de Desportos fez do Recife a sede do Nordeste na competição. Pernambuco, que era treinado pelo uruguaio Carlos Viola, jogou com a Paraíba e venceu por 7x2, na Avenida Malaquias. Em seguida, 27 de outubro, novamente na Avenida Malaquias, jogou contra o Ceará e venceu por 1 a 0. Os resultados classificaram a seleção local, portanto, para jogar a fase semifinal contra a temida equipe do Rio de Janeiro. (...) 

A base da seleção de Pernambuco naquele ano foi: Valença; Pedro Sá e Hermínio; Julinho, Sebastião e Faustino; Bulhões, Jubal, Hermes, Zezé e Aluízio. (Jubal, o homem da Pitombeira dos Quatro Cantos, formavam a dupla Irmãos Caldas). Não sei se na época já existia o ditado “quem não chora não mama”, mas a prática foi esta.  (Foto e texto: reprodução do PE IMORTAL/ESPORTES, do Jornal do Commercio, edição de 19/07/2004)


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