Há algum tempo o Brasil assistiu,
empolgado, a um filme interessante sobre Pelé. Quem presenciou algum show do
Rei, em carne e osso, ao ver a fita, tem a chance de recordar uma época áurea
do futebol brasileiro. Quem não conheceu o Pelé, fica, de qualquer maneira,
sabendo do que ele era capaz, com a bola nos pés.
Muitos companheiros de Pelé
naquele glorioso time do Santos prestaram seu depoimento. Terminada a gravação
do documentário, mostrando trechos da abundante carreira do Atleta do Século
XX, aqueles que tinham sido entrevistados para o filme, contando passagens
vivenciadas ao lado do ‘artista’, deram uma última opinião a respeito do
personagem. O ex-zagueiro Oberdan concentrou sua declaração em pouquíssimas
palavras:
– Para mim, Pelé é eterno.
– Para mim, Pelé é eterno.
Isto posto, Oberdan foi embora para casa, em Santa Catarina. Tempos depois, quando da pré-estreia do filme, um dos produtores procurou-o em meio aos convidados e fez um agradecimento solene:
– Obrigado pela ideia do nome do filme.
Em pé, Cejas, Orlando Lelé, Oberdan, Ramos Delgado, Leo e o pernambucano Rildo; agachados, Edu, Lima, Douglas, Pelé e Abel (Reprodução internet) |
Foi dessa maneira que surgiu o título ‘Pelé Eterno.’ Sem saber, Oberdan terminou botando o nome no filme. Na realidade, ele falava com a autoridade de quem tinha passado seus primeiros dez anos de profissão, como jogador, no grande Santos de Pelé, participando das alegrias, que foram muitas, e das tristezas, estas em número reduzido.
Oberdan tinha entrado para a
história do Peixe, como o quarto jogador a atuar de zagueiro naquela poderosa
equipe. Sendo assim, participou de inúmeros episódios envolvendo Pelé &
Cia.
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